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A Senzala era um Poema
Danízio Dornelles

Resumo:
Nos açoites assassinos, suor e sangue sobre a terra: / É a vida que se encerra na indigência dos tratados!

"Serão heróis os covardes
que sangraram a liberdade?
Nas charqueadas, nos engenhos,
nos templos de oração,
Os homens dobravam joelhos,
faziam preces a Deus,
Depois matavam os seus,
pra manter a escravidão..."


A senzala era um poema – incompreendido e inerte,
Silenciada por grilhões na escuridão do vazio...
E a chibata dos covardes (ante os gritos de agonia),
Semeava hipocrisia desde os porões dos navios...

E os negros adormeciam porque a dor os obrigava!
A senzala era um poema e seus versos, dissabores;
A morte na pele escura clamava outros sacrifícios,
Pra que seguisse o ofício e a ganância dos senhores.

A senzala era um poema e sua estrofe, a confidência
Dos filhos que nasceram ao martírio condenados;
Nos açoites assassinos, suor e sangue sobre a terra:
É a vida que se encerra na indigência dos tratados!

Pele negra, a tempestade – tanta morte a cada vida,
Os cativos juntam restos – e é tão injusta a justiça...
A senzala era um poema e em seu desfecho anunciado
Morreram os mutilados e prosperou a cobiça...


Biografia:
descaminhoinverso.blogspot.com
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