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Lirismo exacerbado.
Conversa (des)afinada.
Alexandru Solomon

Resumo:
O uso de um estilo que mistura o épico e o lírico desabrocha no texto: O desafio ao poder dos bancos. "Pela primeira vez ... num regime plenamente democrático o governo enfrenta...". Parece um pouco o já clássico "nunca antes"?...

Dois editoriais do Estado (15/4) chegaram a surpreender este fiel leitor, se é que cinquenta anos caracterizam, se não fidelidade, ao menos, assiduidade.
O governo é apresentado como uma entidade frágil – "emparedado" por multinacionais e indústrias locais. Ora, negociar é preciso e será inevitável atender pretensões dos Estados, caso se queira progredir. De fato o KW brasileiro é caríssimo, mas não se tornou assim da noite para o dia. "O governo emparedado" tem de discutir ICMS com os Estados e PIS/COFINS, internamente. É desagradável, cria atritos, pouco recomendáveis em ano eleitoral, mas o que fazer? C´est la vie. Ano sim, ano não, temos 'ano eleitoral'.
O uso de um estilo que mistura o épico e o lírico desabrocha no texto: O desafio ao poder dos bancos. "Pela primeira vez ... num regime plenamente democrático o governo enfrenta...". Parece um pouco o já clássico "nunca antes"?... Sem entrar em considerações sobre as dimensões do spread e seus componentes, é estranho encontrar num editorial de um jornal do porte de O Estado passagens que parecem extraídas de uma assembleia sindical.
Ora , o governo enfrenta os tubarões, os patrões insensíveis que mascam seus charutões enquanto praticam agiotagem. Ocorre que o governo detém o poder. Se não "ousou desafiar" antes, quem sabe, não era do seu interesse, já que se locupleta com algo que tende a ser a parte do leão (com ou sem trocadilho) dos lucros.
Talvez tenha faltado habilidade à Febraban na reunião da famosa terça-feira, a ponto de causar ataques de nervos. Tudo é possível.
Mesmo indefeso e obedecendo às regras do jogo de um regime plenamente democrático, existe a possibilidade das ''mexidas" promovidas pelo BC. Por acaso não foi o que ocorreu por ocasião dos “planos econômicos" – em pleno regime democrático – quando as correções de créditos e de débitos (sim, isso também ocorreu) foram arbitrados pelo BC?
Fazer cara de paisagem agora é fácil.
Fala-se na concentração e ela existe, mas por acaso será que, em muitos casos, a tal fagocitose não teria ocorrido por estarem "os engolidos" em má situação – e a pedido das autoridades monetárias? “Sem contar que o BB e a Caixa também participaram desse processo, inclusive ''atropelando por fora''. Quanto à duvida assim expressa "Se esse lance produzirá algum bom efeito, só se saberá mais tarde", a resposta é simples."Depende". Depende porque a mão forte do acionista controlador – "O governo emparedado" –, pode levar as duas instituições a praticar qualquer juro. Não haverá risco de quebra, uma vez que o Tesouro já mostrou saber lidar com apertos. Assim, não há o menor risco de ler, um dia, paráfrases do tipo "quebramos o BB, mas chegamos a juros 'civilizados'!" Quem poderiam ficar preocupados, num primeiro momento – e conforme for, num segundo, também – são os minoritários do BB. Mas eles já tiveram o exemplo dos minoritários da Petrobrás e viram que no fim dá tudo certo, ou quase.


Biografia:
Alexandru Solomon, empresário, escritor. Formado pelo ITA em Engenharia Eletrônica e mestrado em Finanças na Fundação Getúlio Vargas, autor de ´Almanaque Anacrônico`, ´Versos Anacrônicos`, ´Apetite Famélico`, ´Mãos Outonais`, ´Sessão da Tarde`, ´Desespero Provisório` , ´Não basta sonhar`, ´Um Triângulo de Bermudas`, ´O Desmonte de Vênus` (Ed. Totalidade), ´Bucareste` e ´Plataforma G` (Ed. Letraviva). Livrarias: Saraiva (www.livrariasaraiva.com.br), Cultura (www.livrariacultura.com.br), Loyola (www.livrarialoyola.com.br), Letraviva (www.letraviva.com.br). | E-mail do autor: asolo@alexandru.com.br

Este texto é administrado por: Celso Fernandes
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