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Seria bom se chegassemos ao fim
Anderson Nascimento

Resumo:
Em memória aos que morreram sem culpa em toda a história da humanidade

E infelizmente aconteceu. O Rio de Janeiro havia acabado de sair de um desastre e caiu em outra tragédia. Não preciso fazer citações sobre o que aconteceu na escola municipal, pois todos já conhecem os relatos, mas acho válido dar minha opinião não somente deste caso, mas de tudo, pois ela é distinta da maioria que com certeza vemos e ouvimos por aí.

Não preciso dizer também o quanto um crime desses, envolvendo crianças dentro de sua própria escola abala um país. Muita gente sofre por empatia, sente compaixão das pessoas que ficaram e que terão que conviver com a ausência de uma criança querida. É triste sim, mas talvez não devêssemos ficar discursando demais, enchendo os jornais, as revistas, as redes sociais, os sites na internet e sei lá mais em que lugar, de opiniões que todos nós já sabemos quais são. O choro é unânime, mas a ação é só para quem se importa mesmo; e parece-me que não são muitos os que resolvem mudar alguma coisa.

Não me refiro aos políticos, me refiro a cada um de nós, a cada pessoa que tem consciência do que faz. Estive falando por todo o dia sobre votos, eleições e blá, blá, blá. Mas o que isso tem haver com o que aconteceu? É bem simples. Votar é colocar alguém que não possui condições de fazer um povo feliz para tentar a sorte e arriscar milhões de vidas. Votar é provar que somos burros e que resolvemos contrariar toda a história da humanidade apenas por teimosia. Não houve um governo que trouxe plenamente o que todo o seu povo queria, ou no mínimo precisava. Sempre houve fome, em todos os países, sempre houve assassinatos em todos as nações, sempre houve sofrimento em todas as formas de governo com qualquer governante que já existiu. A população não cansa de ser ingênua em acreditar em líderes políticos.

Aparecem nas manchetes dos jornais, políticos e chefes de estado no mundo todo para oferecer ajuda e se solidarizar com o sofrimento das pessoas. Mas por trás disso há uma verdadeira hipocrisia. Seus governantes estão lá formando soldados, fabricando armas, matado crianças, mulheres, pais de família simplesmente por orgulho ou senão pela maldita democracia. Entendam, somos incapazes de nos governar, democracia não existe nunca dará certo, NUNCA!

Soube hoje através de um vídeo da BBC Brasil (http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/04/110404_costadomarfim_is.shtml), que só nessa sexta-feira 4 crianças foram mortas em um confronto sustentado meramente pelo orgulho e a vontade de governar na Costa do Marfim. Essas crianças significam menos do que as daqui? Alguém que se diz comovido poderia responder a esta pergunta? São governantes ocidentais(e orientais também), que a população que se julga consciente em coloca-los lá, que estão à frente de todo este massacre. Só hoje (08/04) 100 pessoas morreram devido a essa onda de violência e se juntaram a cerca de 1000 corpos já sem fôlego.

O que dizer na Líbia então? O que dizer meses atrás a respeito das mortes no Egito? E as revoltas nos países árabes? Com certeza, muitas crianças foram mortas nestes países. E talvez encontre quem me diga que não tem nada haver com isso ou que está de mãos atadas e não podem fazer absolutamente nada. Mas acredite, as eleições em todo o mundo e os votos que as realizam financiam tamanha matança. A ONU (Organização das Nações Unidas) já participou de inúmeras limpezas étnicas em prol de seus interesses, ou por simplesmente dar um passo em falso, ou ainda por não saber o que fazer. O nosso país diz se orgulhar caso consiga um assento definitivo no Conselho de Segurança dessa entidade. Você indiretamente ou não depositou sua confiança em políticos que almejam fazer parte de tudo isso. Pois então, não me digam que estão de mãos atadas ou que isso não é problema seu. É mais seu do que você possa imaginar.

Já não bastasse isso, os desastres naturais fazem sua parte em destruir vidas e alimentar o medo e as incertezas. No Japão, no Haiti, no mundo, todo a história de destruição começa sem prazo para ter fim. A humanidade está à beira de um colapso, se é que já não está. A imensa maioria prefere não aceitar, mas é essa realidade que estamos presenciando; é essa realidade que todos procuram se esconder. Uma pena tamanha ingenuidade, eu diria. Abra o jornal amanhã e se pergunte se a humanidade está no caminho certo. Se pergunte se suas intenções, por mais puras e sensatas que sejam estão sendo atendidas. Se pergunte se este sistema no qual você vive e apoia em atitudes não mereceria um fim.

Parabéns a todos vocês envolvidos, a cada eleitor deste planeta que faz mal uso de seu voto escolhendo um candidato! Vocês acabam de ceifar neste minuto centenas de vidas...




Em memória aos que morreram sem culpa em toda a história da humanidade





Não posso acreditar nas notícias de hoje
Não posso fechar os olhos e fazê-las desaparecer
Quanto tempo, quanto tempo teremos de cantar esta canção?
Quanto tempo, Quanto tempo?
...
Há muitos que perderam, mas me diga: quem ganhou?
As trincheiras cavadas em nossos corações
E mães, filhos, irmãos, irmãs dilacerados.

Sunday Bloody Sunday – U2


Biografia:
Editor de Esporte Internacional no Publiracing, editor do Podium GP e do Blog F-1; naturalmente apaixonado por automobilismo.
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