Hoje tive velhas lembranças, de meu tempo de criança, o qual não tinha o que me preocupar, e lembrei também de como cresci tão rápido, e veio àquela vontade avassaladora de voltar atrás, de viver tudo de novo, mudando apenas uma coisa: ter aproveitado muito mais... Lembrei de todas as histórias, todos os fatos que aconteceram comigo, e imperceptivelmente cada detalhe foi vindo a minha memória. Via a minha imagem brincando na chuva, admirando cada gota que caía do céu, a minha imagem brincando no quintal de casa, me sujando na lama, ou brincando de boneca. Vi o paquerinha de infância, e até o primeiro namorado. Vi a dor de uma separação, vi decepções, e pessoas que há muito tempo saíram da minha vida, e outras que ainda hoje, são a minha própria vida, e das que entraram, pra ficar. Admirei-me, pois já não era com os olhos cheios de lágrimas, que lembrava de tudo isso. Admirei-me, por que vi que cada sorriso, cada brilho no olhar, todas as vontades, realizadas ou não, cada história que vivi, e todas essas experiências construíram o meu eu. Dona de todas essas histórias, e de personalidade moldada ao longo do tempo. Dona de um orgulho imenso, de um amor e carinho gigantesco, que se apega quando ama, e se entrega, que não trata com prioridade quem a trata como opção, e que principalmente, não precisa do julgamento, da opinião de ninguém, para ser feliz. Por que isso, não consegui ao longo desses 17 anos. Afelicidade? Essa nasceu dentro de mim, no dia 15 de março de 1994.
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