A ABELHINHA RAIVOSA
Era uma vez uma abelhinha raivosa. Ela tinha asas coloridas, mas não era a rainha. Embora trabalhasse muito, sentia que as vezes lhe faltava alguma coisa, a rainha por sua vez não lhe dava bola. Os zangões menos ainda. Em todas as suas atitudes, por vezes ao invés de mel, dava ferroadas.. Trabalhava muito, era significativamente mutável. Reprimia-se muitas vezes, gostava de dominar, levava todo seu mel em locais escondidos, queria também ser rainha. Mas como dominar? Se por um lado ela fosse viver sozinha, ninguém lhe acompanharia, se fosse com os outros como estava acontecendo, estava sozinha também.
Num belo dia de sol, encontrou uma raposa a cavar o solo. Espantada perguntou: Oh, raposa que fazes, para que este buraco? Ela lhe respondeu: Quero guardar minha comida e meus pertences em lugar escondido, onde ninguém possa achar! A abelha perguntou novamente: se você cava num local, logo todas as raposas vão achar, pois cavam também, porque não muda sua estratégia? A raposa disse: Que sugere, ó abelha?
Num relance de amor, a abelha lhe disse: ora, posso ajudá-la a levar tudo isso em um lugar seguro, nem que leve cem anos de trabalho!
Nesse instante, a raposa percebeu que aquele minúsculo ser estava lhe dando uma lição de amor desinteressado e pensou, como estava sendo egoísta escondendo consigo comidas, roupas, e outros pertences que muitas vezes nem iam lhe fazer falta.
Como o amor se multiplica, a raposa chamou todas as outras raposinhas e distribuiu tudo aquilo e nunca mais escondeu nada.
A abelha, bem a abelha seguiu sua vida muito alegre, não queria ser mais rainha, nem viver isolada, mas ser humilde, dando o que tanta gente não sabe dar: o amor.
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