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ASTOLFO PULOU A CERCA.
Britinho

Todos estavam à procura de Astolfo. Olharam em todos os lugares dentro e fora da casa e não o encontraram. Marieta, a empregada que Gertrudes acabara de contratar, disse:
   - Eu vi o cachorro olhando muito pra casa do vizinho ao lado.
   - Qual, do seu Inocêncio?
   - Acho que é!
      Foram os três baterem na casa de seu Inocêncio e Aristeu tomou a frente e perguntou:
    - Boa tarde, seu Inocêncio! O senhor por acaso viu Astolfo, o meu cachorro?
    - Vi! – disse ele muito revoltado.
    - Ele fez um lanchinho, e agora está tomando um banhinho para ir embora.
    - Como assim, não entendi? – Perguntou Gertrudes.
    - Não entendeu, vou explicar! Esse seu cachorro pulou a cerca de novo e está atracado com a Lucrecia lá no corredor. Minha cadela é de raça pura e eu não vou criar um monte de vira-latas. Se nascer filhotes, vão todos pra sua casa, dona Gertrudes! Entendeu agora?
    - Seu Inocêncio, quem tem suas cabras que as prenda por que meu bode está solto, o senhor está entendendo? – falou Gertrudes rindo.
    - Eu vou é matar esse vira-lata, sua maluca!
    - Aristeu, você não vai tomar nenhuma atitude?
    - Mas, mas, mas...
    - Que mas, mas, mas, Aristeu? Esse cara me chamou de maluca, e você não faz nada!
    - É que...
    - Cala a boca Aristeu! Eu vou quebrar a cara desse safado. Aristeu me larga.
    - Vai quebrar minha cara? Podem vir todos vocês, são três frouxos.
       Depois que Inocêncio falou aquilo, Marieta, a empregada, virou bicho, ficou com a macaca, e deu um ataque de piriri danado.
    - Olha aqui, agora ofendeu! Frouxo é tua mãe seu safado, vai levar uma porrada.
       E partiu pra cima do homem, dando várias unhadas, e puxando seus cabelos, Aristeu por sua vez foi apartar e levou um soco no olho. O vizinho quanto mais tentava desvencilhar-se de Marieta, mais batia em Aristeu. Ele apanhou, apanhou e apanhou, mas deu sorte que os outros vizinhos o salvaram.
    - Mas, mas, mas foi ela quem começou, eu não, não, não fiz nada. – dizia Aristeu muito nervoso.
    - Não sou covarde, não bato em mulheres.
    - Cadê Gertrudes? Ai, ai, ai...
    - Não sei patrão, a última vez que a vi foi quando esse cara também me chamou de frouxa!
       Voltaram para casa; Aristeu todo quebrado e Marieta muito da enfezada!
     - Meu primeiro dia de trabalho, e já me acontece isso.
     - Gertrudes eu vou morrer. Chame um médico, Gertrudes! – dizia Aristeu.
     - Não foi nada, homem, deixe de ser frouxo! – disse Gertrudes.
     - Caramba!!! O Astolfo ficou lá, aquele doido vai matá-lo. – lembrou Marieta.
       Então, Gertrudes com toda calma que lhe é peculiar falou:
     - Astolfo já estava em casa há muito tempo, desde a hora em que cheguei. Quando ele notou que o homem estava brabo, ele pulou a cerca de volta. Ele é que nem eu, nós não gostamos de confusão...
    






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