Quanto ao amor, por que Aurélio faz menção à dedicação absoluta?
Posso sim, diante do mais nobre sentimento, dedicar meu tempo, dedicar minha atenção, dedicar meu carinho, enfim, posso dedicar bens, objetos, o que estiver à minha disposição.
Porém, o termo “absoluta” transmite a imagem do ilimitado, do infinito, e isso transporta ao amor que unifica. Esse amor faz de dois, um único ser e isso me faz temer.
Tenho muito receio do sentimento que unifica, não entendo o real motivo de duas pessoas, como num passe de mágica, virarem uma só, não entendo a razão disso.
Não creio que seja necessária abdicação, confio que dentro do amor haja espaço suficiente para o número de pessoas que escolhamos, sem que para isso seja prescindível a escolha, a renúncia, por menor que seja.
O amor não aceita egoísmo, o amor não encaixa no desrespeito. O amor pode ser amarelo, o amor pode ser azul, o amor pode ser norte, o amor pode ser sul.
Para amar basta respirar!
É um processo sem esforço, não há necessidade de mudança, surge num sobressalto, nasce a admiração, motiva um sorriso, faz brilhar um sol em lugar fechado!
Cuidado! Quem anuncia amar sem sentir amor passa a acreditar na própria ilusão e, se proíbe de apreciar o quão natural ELE é. Cuidado! Não ame sem saber o que é amar.
O teste? As cores a sua volta! É simples assim...
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