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Pensamentos vagos
Publicado em "O poeta - novela poêmica"
Jonas Furtado da Silva

Pensamentos vagos

(Dia)
Amor
Tudo ficou parado agora
As árvores, inertes, olham-se

Respiro
Mas nada desliza na pele
Há vida
Nem ouço os passarinhos
Foram passarinhar longe
E estou longe para passear...

Ninguém fala
Pensa-se unicamente
E o mundo – grande disco
Gasta as mentes por girar e acontecer

Amor
O céu pálido anuncia o fim desse dia, e me lembra das virgens românticas
...
Já as aves voando duas a duas
Vão procurar agasalho
O que somos também

Uma criança atravessa o campo

Ah, pássaro novo,
Cadê seu ninho
Vem que depressa te darei carinho
...
A parede é branca
O tempo ignora

Amor
O tempo parece extático
Cada minuto, um mundo de anos
Só vivo......................................................
(Noite)
Os pensadores já pensaram
Filósofos, poetas
Sonhadores
Tolos
Eu

Amor
Habito teu colo!
Continuo criança
Nessa solidão

Gestos risos olhares
O amanhã me faz bem
De ti estarei mais perto
O tempo é espaço então
...
E escrevo
Percebo num susto uma abelha
Estou vivo...
Será que sei de tudo o quanto me convém
Descubra algo... dia, ano...

Amor
O risco da caneta é mais sinuoso do que a luz daquela estrela lá no céu
É só uma assinatura que resiste aos tempos
Desiludido, contemplo agora seu retrato
...
Dou motivo a uma alegria efêmera – ânimo por entender as estrelas
...

Amor
Contigo me envolve uma áurea
Porque há magia
...

Palavras, zumbidos
Ouçamos os corações!
...
Semi-deitado
O rádio me acompanha agora
Canção linda
Se eu tivesse dinheiro compraria músicas
Alimento também da alma
Hoje sonharei contigo, minha princesa
...

Observo a escuridão pela janela
Caramba! Não dormi ainda
O motor da usina faz orquestra com os grilos
...
Meu poema, emanemos poesia
...

Teu corpo
Teu cheiro
Teus lábios doces
Teu amor sereno
...
O romântico em mim...
Imagina teus braços
Quero teus seios
E cuidar um amor que se desdobra
Divisões perfeitas para a nossa soma
...
(Outro dia)
Acordei sorrindo
Brincando e teamando
...

O que mudou?
Dia estranho...
...

Tem um campo aqui
Eu até bato uma bolinha
Tem um rio aqui
Até mergulho nele
Tem árvores (se não tivesse, estaria aqui?) que me fazem companhia
Tem um maravilhoso céu aqui
E eu o admiro muito e tanto e tanto e muito
Tem vidas várias aqui
Eu percebo-as
Tem uma captação em mim de beleza e uma saudade que não sei dizer
...

Amor
Tem também em meu peito uma esperança
Aguento assim toda minha rebeldia
...

(Noite novamente)
Amor
Eu te amo

Nove e quinze
Eu te amo oceano
Nove e vinte e cinco
Eu te amo todoverso, boa noite.
(Último dia)
Sol a pino
Talvez aspirando a uma tarde mole
Da cigarra escuto a sina...
Uma aragem seca roça meu rosto
De vez em quando escrevo (prolixo)
Escrevo inconscientemente quase
...
Dos passarinhos os cantos incessantes desmonotonizam
Às vezes se ouve um choro de criança
Às vezes, vozes num alarido diário
...
Escrevendo, acabo com um copo de leite

“Ei, professor!”
Era o Ananinas de recuperação
Ele passa e se vai
E passo
...
A tarde está calma. O restante do leite da garrafa
Meus dois colegas foram passarinhar...
Talvez eu devesse ir lá, ao porto
Preciso do horizonte de outro lado do rio
...
Mas o sol tine
Vou às cinco da tarde
Então só fico escrevendo
E encho esta página
Inconsciente
Amor


Biografia:
Jonas Furtado é professor das redes municipal e estadual em Ponta de Pedras (Marajó - PA). Graduado em Letras pela UFPA, extensão em linguística. Escritor e revisor de textos. Livros publicados "Um poeta de Ponta" (2007) e "O poeta" (2010).
Número de vezes que este texto foi lido: 52811


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