POEMA TRIGONOMÉTRICO PARA BETH BRAIT |
Darwin Ferraretto |
Senóide traçada nos estertores da modernidade
onde a tangente de noventa graus faz a curva
e passo à passo os catetos
cortejam uma hipotenusa
uma triângulas hipótese nua
dos equinócios esquizofrênicos
equatorias
como um raio de hipocampos vermelhos
rompem horizontes de marfim lilás
quando as borboletas pintam as unhas
das gatas amanhecidas
tri-legal tripartite
triângulo de mil lados
desenhado entre os pedaços
do olho arrancado
Como um equilátero
equivalente equador
de esquinas multifacetadas
bebem o sangue que brota
nas palavras nuas
e se deitam no eixo dos senos
secante de um pós angulo
pairando sobre as cabeças...
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Biografia: Brasileiro, socialista. Solteiro. Poeta nas horas vagas e nas mais impróprias. Passado dos 40, dois filhos.
BLOG. www.darwinf.wordpress.com
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