Fechar os olhos
e, na ausência de luz,
saber-se luz.
Verti rios e ajuntei vales e campinas,
entre macieiras, seduzi as línguas de serpentes,
esculpi palavras para compreender o silêncio.
Agora sei que uma réstia de luz trespassa-me
e nesse corpo de pele, músculos, ossos e luz,
habita a passagem entre aquilo que fui e que seremos.
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