Vento |
Walace de Souza |
No meio da rua fria,
de alma vazia
no auge da noite quente,
cheia de gente
o instante não me mostrou claramente
pra onde devia ir
e o que eu devia fazer
então o coração me disse
que eu devia apenas
me entregar completamente
ao meu desejo de viver
ainda que parecesse criança
que desconexa de tudo
finge saber o que fazer
assim eu me lembrei das coisas
o que ainda tenho por viver
e decidi seguir o vento
deixei de me emudecer
e só assim tive as surpresas
que a vida pode trazer
e o vento me trouxe momentos
tão difíceis de entender!
e a estar entre pessoas
de maneiras tão diversas
de tentar aparecer
e a esperar que alguma delas
pudesse realmente ter
o que há muito tempo quero
a parte que não posso ser
alguém com quem criasse um elo
e uma energia favorável
que me ajudasse a crescer
e de repente encontrá-la
e não saber o que dizer
tentando simplesmente amá-la
e ser o que tiver que ser.
deixo o vento me levar
mesmo que eu não vá saber
pra onde o vento vai soprar
e o que ele pode me trazer
sei que quando ele soprar
me revelará supresas
e me levará a sentir coisas
que não se podem descrever.
sopra vento, sopra!
vento de brisa passageira, confortante
vento que sopra tempestade
que as vezes torna-se uma eternidade,
angustiante.
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Biografia: Sobrevida
SOBRE A LIBERDADE DE EXPRESSÃO: Nada do que sei é meu, nem mesmo as lembranças que guardo em minha mente e coração, isso pra mim é uma certeza, como a certeza que eu tenho de que vou parar de pensar logo que meu coração parar de bater. Mas posso fazer uso do que eu bem entender que possa pra mim trazer algum prazer ou alívio de viver.
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