Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
PERDÃO MAMÃE
MÃE, QUANDO VERDADEIRA É SINÔNIMO DE AMOR
jbcampos

Resumo:
ÀS VEZES O EGOÍSMO USURPA O TRONO DO AMOR

Perdão Mamãe
Assim mamãe me dizia: Levanta-te dessa laje fria, vai-te atacar a bronquite. Ela sabia o que fazia com a sua sabedoria. Coitada, sofria do coração e com a minha inocente ingratidão. Era uma tarde fria e ela segurava sua emoção. Essa é a imagem que confrange o meu maculado coração. Às vezes com o terço, passava-me o seu sermão. E, eu na vadiagem continuava naquela friagem produzida ali pelo chão. Quanta nostalgia, quanta solidão. Faz-me falta àquela imagem qual me dava coragem. A ela peço perdão. Com mais de um terço de vida a ela devida bem longe daquele berço, ainda ouço sua voz querida, vendo-a com o terço em sua mão sofrida. Levanta-te do chão, agora não há mais jeito, porém, com essa santa visão qual me estraçalha o peito, ainda assim, me é o melhor remédio, livrando-me da sofreguidão. Mas às vezes não penso direito, são atrozes lembranças que acalentam as minhas dores como vapores extraído de uma só fusão, confesso me causam confusão. São torturantes estertores da humana natureza com a sua imperfeição, beleza e muitos outros amores. Sem hipocrisia, sou a natureza fria, portanto, com o dedo em riste, e, sem ficar triste, reconheço essa ilusão. Demorei a entender o seu recado, sem remorso e sem pecado, pois, compreendi ser ignorância de infância. A me torturar a cabeça, embora, agora obedeça, porém, é tarde, e a tarde ficou mais fria e espessa, meus cabelos embranqueceram pela geada de suas benignas palavras. Obrigado mamãe. Pegava-me pacientemente pela mão, enquanto, eu insistia não sei por que contrariá-la, na minha ignóbil obstinação. Hoje sou avô babão, então posso me perdoar, por um monte de razão. Até por levar aquele sabão. Muitos foram os dias felizes junto àquela santa, porém, a vida e a morte vêm nos cortar a sorte com seu alfanje ou podão, ainda quando criança, ou enquanto o tempo se avança. Era uma tarde fria e minha mãe se despedia em enorme languidez, partindo-se de vez. Mas o meu egoísmo não aceitava com certo cepticismo o ganho de minha mãe, era a minha insensatez. Já que a morte não existe diante da palidez, e tudo são vida e eternidade. Portanto, todas as despedidas, por mais doídas, devem ser acolhidas com sabedoria, alegria e bondade. Na verdade não choramos pelos nossos mortos e sim por nós mesmos, já que quem parte não nos pertence, e achamos seja nosso lacaio, mesmo sendo nossa querida mãe, o nosso melhor aio.
Gostemos ou não, o desvencilhamento se faz extremamente necessário, até de nós mesmos para nos encontrarmos com a paz. E aqui fala mais alto a sabedoria do autoperdão.
É muito importante atentarmos ao nosso peseudoamor, ele pode se chamar “egoísmo”.
jbcampos


Biografia:
Aposentado
Número de vezes que este texto foi lido: 52958


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Divin'arte jbcampos
Poesias O que é a morte? jbcampos
Poesias Veloso jbcampos
Poesias Voo jbcampos
Poesias PAVILHÃO jbcampos
Poesias Insônia Insólita jbcampos
Poesias Maldita paixão jbcampos
Crônicas A Diva no Divã do João jbcampos
Poesias Cartilha do seu bem-estar jbcampos
Poesias Epifania jbcampos

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 860.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
JASMIM - evandro baptista de araujo 68968 Visitas
ANOITECIMENTOS - Edmir Carvalho 57889 Visitas
Contraportada de la novela Obscuro sueño de Jesús - udonge 56707 Visitas
Camden: O Avivamento Que Mudou O Movimento Evangélico - Eliel dos santos silva 55783 Visitas
URBE - Darwin Ferraretto 55021 Visitas
Entrevista com Larissa Gomes – autora de Cidadolls - Caliel Alves dos Santos 54897 Visitas
Sobrenatural: A Vida de William Branham - Owen Jorgensen 54828 Visitas
Caçando demónios por aí - Caliel Alves dos Santos 54797 Visitas
O TEMPO QUE MOVE A ALMA - Leonardo de Souza Dutra 54707 Visitas
ENCONTRO DE ALMAS GENTIS - Eliana da Silva 54698 Visitas

Páginas: Próxima Última