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A vida, não a eternidade!
Ana Kézia Aguirra de Oliveira

Semana passada assisti a um filme que falava sobre a vida e o tempo, e de quebra dava uma grande lição de moral. Depois disso, pensei muito a respeito e cheguei a uma conclusão: tenho muita sorte em ser mortal.
Primeiramente, leitor, gostaria de esclarecer algumas coisas. Isso não se trata de um texto crítico, muito menos uma história; é como se fosse mais um desabafo, um ponto de vista - acho que posso chamar então de crônica. E depois, admito que não tenho qualificação alguma para escrever. Mas creio eu que, quando há vontade, nada impede de expressar seus sentimentos, sejam eles na forma de escrita, de música, de confissões e até mesmo por meio das lágrimas.
Pois bem, vejamos como a vida é engraçada! Por muitas vezes me peguei pensando – e até desejando! – em não morrer nunca. Não só pela curiosidade de saber o que será do mundo daqui a centenas ou milhares de anos, mas também pela gana e egoísmo de achar que este lugar em que vivemos deveria ser eternizado e monopolizado - como se merecesse.
Entretanto, após muita reflexão percebo o quão estava errada. Será que vale mesmo a pena trocar uma vida, seja ela curta ou longa, de momentos intensos e inesquecíveis somente para ser imortal e ter uma vida de puro tédio e decepção? Sem falar que, nada no mundo poderia apagar a dor de ver todos que se ama partirem, e apenas você permanecer, sem ninguém, sem nenhum objetivo, sem nada. Infelizmente, tenho certeza de que a maioria da população discorda de minha opinião. Não as culpo, são apenas frutos de uma sociedade materialista, de um planeta extremamente capitalista. Atualmente o conceito de valor moral e ético juntamente com nossas virtudes se perdeu, dando espaço para o individualismo, o preconceito e, conseqüentemente, para o empobrecimento da racionalidade humana. Ninguém mais sabe ao certo o que é VIVER; não no sentido literal.
Enfim, não quero que me julguem como radical. Sou apenas uma adolescente que – como um defeito ou qualidade - observa e questiona demais. A imortalidade, caros colegas, deixo para os fracos e desesperados, para os inseguros e egoístas, para todos com a mente pequena. E para os que – como eu – querem apenas viver a vida sem medir conseqüências, querem amar incondicionalmente, querem aprender, conhecer, sorrir, viajar, comemorar, chorar, cair, levantar e tudo mais que possa acontecer, desejo sorte e deixo uma frase do tão aclamado Bob Marley, que resume em poucas palavras o essencial: “Loucos como eu vivem pouco, mas vivem como querem, pois não importa se não houver o amanhã, me deram a vida e não a eternidade!"
E sim – se estão em dúvida – me considero uma pessoa existencialista.


Biografia:
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