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Carta para um amor
Tainá Facó

Hoje eu li uma frase no livro do Nietzsche que me fez chorar. Não de tristeza. Chorei porque te senti como nunca havia sentindo antes. Tão forte. Tão presente. Tão real. Não sei se isso foi um sonho e - do nada - você apareceu sorrindo no meu quarto pequeno. Só sei que meu coração tão leve - daqui - te sentiu. Eu me agarrei nesse sentir e me perdi nessa coisa de tentar achar explicação pra tudo, porque - no fundo - só eu sei o quanto me sinto feliz agora. Uma felicidade plena, inteira e quase infantil. Não sei por quê. E, por favor, não me faça perguntas. Eu não entendo de muita coisa dessa vida. Mas a tal frase era simples (como tudo que eu gosto): "o que é a distância para um amor sem medidas?" Ah, meu Deus, Nietzsche sempre soube! Ele me entende. (Você me entende?). Viu só que lindo? Percebe? O que é alguns quilômetros diante do que eu sinto? O que é uma estrada diante do meu coração contente por te ter presente (mesmo que de uma forma ausente) na minha vida? Nada. Não é nada. E eu poderia morar nos seus olhos lindos se você permitisse. Eu poderia te escrever uma história de amor, uma canção, um poema, um verso simples. Mas - sei lá - você me rouba as palavras. Me perco nelas quando o assunto é você. Complicado. Ou pode parecer simples, não sei. Você consegue sentir meu coração daí? Escuta. Pode me ouvir? Olha o tumtumtum. É por você que ele bate! Forte. Forte. Ah, meu amor, esse coração me engole! Engole minhas palavras, me alimenta! E eu já quis tanto encontrar alguns porquês pra vida. Já quis tanto entender. Tanto. Tanto. Mas descobri. Ou melhor, aceitei: explicação mesmo, eu sei: não há. Não há, entende? NÃO HÁ! Por isso que eu não procuro mais entender o meu sentimento. Ele existe. Existe e me consome. Toda. Por inteiro. Me desculpe, não é de mim sentir pela metade. Não está em mim poupar palavras. Nunca fui certa, você sabe. Não me peça pra parar. Eu não consigo. Não consigo não-perder o controle de vez em quando. Posso confessar? Jura que vai acreditar em mim? Ando meio cansada de tudo. Do tempo, da realidade, de física, de histórias românticas, de noite sem estrela, de música sem letra e de gente chata. Ando cansada da distância. Cansei desse desejo infinito de querer ser tanto e ter apenas um só coração. Uma só vida. E um jeito desajeitado que não me deixa. Eu queria, hoje, poder dizer que o tempo passou, que a ilusão acabou e que o sentimento não é mais o mesmo. Mas eu continuo sentindo muito. Infinitamente. E meu sentir não tem fronteiras. Meu desejo não tem limites. O coração sente. E a mente cala.


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Crônicas Por uma vida menos ordinária... Tainá Facó


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