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INTRODUÇÃO
Segundo PASCHOAL (S.D.) através do método histórico, foi verificado que a iniciação das escolas surgiu na Europa, estendendo-se para os demais continentes. As escolas de educação infantil no Brasil tiveram no decorrer de sua iniciação até os tempos atuais várias mudanças em suas funções, as quais passaram pelo assistencialismo, custódia e privação cultural até ter sua função educativa fixada. Ocorreu um importante fator que contribuiu para a educação, que foi a criação da legislação onde reconhecera a criança com seus direitos à educação.
Ainda segundo PASCHOAL (S.D.) durante o século XIX a população não dispunha e nem tinha conhecimento do que eram creches e pré-escolas, pois era praticamente inexistente no Brasil, porém no meio rural onde se concentrava maior parte da população do Brasil naquela época, as próprias famílias dos senhores das fazendas era que assumiam as crianças órfãs e abandonadas, que muitas vezes eram frutos da exploração sexual da negra, índia, pelo senhor da fazenda. Já na cidade os bebês eram abandonados por suas mães que pertenciam a famílias de “classe” existente na cidade. A educação infantil é a etapa inicial da educação básica tendo como finalidade desenvolver integralmente a criança até os 5 anos de idade, seja em seus aspectos físicos, psicológicos, sociais, intelectuais, ajudando assim sua família e todos a sua volta.
Segundo BARRETO (S.D.) é de grande importância compreender que a Educação Infantil tem o papel pedagógico de utilizar a realidade e os conhecimentos infantis como ponto de partida para o desenvolvimento concreto na vida das crianças, assegurando novos conhecimentos. É necessário que o educador na Educação Infantil tenha organização e se preocupe em aplicar atividades que contribuam para o desenvolvimento das crianças até 5 anos, considerando que cada criança possui suas particularidades e diferentes ritmos de aprendizagem.
A Psicomotricidade é a ciência que estuda relação corpo e mente, mostrando como o as emoções, o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem e a interação social estão relacionados com o movimento do corpo.
Segundo GALLAHUE (2003), por volta dos 3 anos de idade, o cérebro atinge cerca de 75% de seu peso adulto e quase 90% aos 6 anos. Ao nascer, o mesencéfalo está quase totalmente desenvolvido, porém, o córtex cerebral estará completamente desenvolvido aos 4 anos de idade. Por ocasião do nascimento, o desenvolvimento da mielina ao redor dos neurônios (mielinização), que permite a transmissão dos impulsos nervosos, não está completo. A maior parte da mielinização estará completa no final do período inicial da infância, permitindo a transferência de impulsos nervosos através do sistema nervoso. Após a mielinização do cerebelo, os padrões motores da criança ganham crescente complexidade.
Segundo GALLAHUE (2001), o processo de desenvolvimento motor do ciclo da vida é influenciado pela hereditariedade e pelo meio ambiente. Ainda analisando o desenvolvimento motor da criança fez um modelo de ampulheta mostrando as fases do desenvolvimento motor, e através desse modelo de ampulheta é possível observar as alterações no desenvolvimento motor da criança, é uma maneira do educador, no âmbito escolar, analisar e ajudar a criança nesse processo de crescimento, fazendo com que ela tenha um maior conhecimento sobre seus limites, sua potencialidade e seu esquema corporal.
A Educação Física tem um papel importante no desenvolvimento dos alunos, proporcionando a oportunidade de desenvolver as habilidades corporais influenciando na formação de qualidades morais e sociais da personalidade. Ao movimentarem-se as crianças expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando o uso significativo de gestos e posturas corporais, descobrindo os próprios limites utilizando a linguagem corporal, localizando-se no espaço, dentre outras situações voltadas ao desenvolvimento de suas capacidades intelectuais e afetivas.
O desenvolvimento motor segundo Isayama e Gallardo (1998), tem sido utilizado para compreender o desenvolvimento humano e os aspectos relacionados. Os primeiros estudos em desenvolvimento motor originaram-se com a intenção de entender o desenvolvimento cognitivo a partir do movimento. Aos poucos, o desenvolvimento motor tornou-se uma área de interesse dos profissionais de educação física, que buscam contribuir para o entendimento do desenvolvimento humano como um todo.
De acordo com Caetano, Silveira e Gobbi (2005) o desenvolvimento motor é um processo de alterações no nível de funcionamento de um indivíduo, onde uma maior capacidade de controlar movimentos é adquirida ao longo do tempo, através da interação entre as exigências da tarefa, da biologia do indivíduo e o ambiente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É de extrema importância que o professor de Educação Física, no âmbito escolar, introduza atividades propostas para a Educação Infantil, que estimulem o desenvolvimento dos padrões motores que se encontram nos níveis de cada faixa etária, utilizando a ampulheta de Gallahue como ponto de partida. De modo que estimule as experiências para um melhor desempenho nas tarefas motoras realizado pelos alunos. A criança necessita de uma variedade de oportunidades para se expressar, de movimentar com devida instrução, de praticar atividades corporais de seu universo infantil. O professor de Educação Física bem capacitado estabelece os objetivos de ensino através da percepção da criança, que manifesta suas emoções, seus sentimentos, através do movimento. Buscando a melhor qualidade de controle do movimento, o professor sempre trabalha de acordo com o estágio de desenvolvimento motor da criança e utilizando a Psicomotricidade para desenvolver a relação entre o corpo e a mente.
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