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A TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
Daniela Girardello e Valquiria Zardo

O acesso à comunicação e à tecnologia evoluíram muito, nos últimos anos, promovendo uma efetiva e rápida troca de informações entre todos. Essas transformações provocaram mudanças profundas de uma geração para outra, sobretudo em relação ao uso de celulares.

Nessa nova perspectiva, fica claro que somente o quadro, o caderno e a caneta não são mais suficientes para manter os alunos interessados em aprender. Nesse cenário, o uso pedagógico da tecnologia pode muito contribuir com a motivação dos estudantes. Embora o uso do celular em sala de aula tenha sido por muito tempo inaceitável, tanto pelo corpo docente quanto por lei, hoje o cenário encaminha-se para algo diferente.

A falta do uso da tecnologia em sala de aula é desencadeada muitas vezes pela pouca estrutura nas escolas (computadores, acesso à internet...) e também pelo fato dos professores terem medo e/ou serem pouco capacitados para trabalhar com tais ferramentas optando por não usar uma nova tecnologia.

Os professores devem buscar processos formativos que possibilitem o uso adequado dos recursos tecnológicos que possam estar a sua disposição, pois sem um preparo adequado o resultado não será o desejado. Rosana Sarita de Araújo afirma que: O valor da tecnologia na educação é derivado inteiramente da sua aplicação. Saber direcionar o uso da Internet na sala de aula deve ser uma atividade de responsabilidade, pois exige que o professor preze, dentro da perspectiva progressista, a construção do conhecimento, de modo a contemplar o desenvolvimento de habilidades cognitivas que instigam o aluno a refletir e compreender, conforme acessam, armazenam, manipulam e analisam as informações que sondam na Internet. (2005, p. 23-24)

De acordo com a pesquisa TIC Educação de 2016, o celular já faz parte da vida de 93% da população brasileira - incluindo, é claro, muitas crianças e jovens. Por isso, proibir o uso do celular em sala de aula pode não ser uma boa alternativa. Os aplicativos, funcionalidades e facilidades dos celulares auxiliam no contexto pessoal e também podem ser inseridos no ambiente escolar como prática educacional.

O aparelho celular pode se tornar um rico instrumento de aprendizagem. A maioria dos smartphones atuais possui inúmeros recursos que podem ser utilizados nesse sentido: câmeras, gravador de voz, mapas, além do acesso à internet.

Isso porque estar conectado em sala de aula não significa necessariamente distração e perda de foco. Quando bem direcionada, essa alternativa é também uma maneira de aprender como pesquisar, coletar dados, buscar referências e se inteirar de assuntos atuais em tempo real. Ou seja, a prática pode contribuir para que o aluno acabe se tornando o protagonista do próprio aprendizado.

De qualquer forma, é importante ressaltar que o uso do celular em sala de aula sem nenhuma estratégia ou limite não é recomendado. O ideal é que o professor consiga, junto da coordenação, desenvolver práticas pedagógicas que aproveitem o aparelho de maneira lúdica, voltadas para o estímulo da curiosidade e motivação do aluno.

Essa prática pode ser benéfica tanto para os alunos quanto para os professores, pois é possível aproveitar desses instrumentos para preparar aulas, realizar avaliações e testes, e até mesmo a correção de atividades, otimizando o tempo necessário. É possível buscar instantaneamente por informações e notícias, além de acesso à leitura digital, e-books e plataformas de ensino.

Até mesmo as redes sociais, como Facebook e Whatsapp, podem ser direcionadas para uso em sala de aula. A criação de grupos de discussão, debates e fórum sobre determinado assunto é um bom exemplo disso.

Além de promover maior participação do aluno, essa prática permite que a atividade se expanda para fora do período escolar e instigue os jovens a buscar referências na internet para basearem seus argumentos e opiniões. São inúmeras as possibilidade de utilizar a tecnologia como forma de aperfeiçoar a dinâmica escolar e cada instituição deve buscar uma solução que se adapte melhor à sua necessidade e identidade.

Enfim, o uso da tecnologia pode e deve servir como apoio pedagógico; de forma didática e cautelosa, ampliando o interesse do aluno na construção do conhecimento. Este processo interativo precisa ter o professor como mediador e facilitador da aprendizagem, zelando pelo uso responsável dos recursos tecnológicos.




Este texto é administrado por: Daniela Girardello
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