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Não é raro encontrar pessoas dizendo estarem procurando sua alma gêmea. Isto quando não estão esperando. Se me perguntarem se alma gêmea existe, digo que sim. Só que assemelho alma gêmea com a Mega-Sena. Nem todos acharão. Não adianta procurar ou esperar. Para a felicidade de alguns sortudos, a alma gêmea simplesmente aparece.
Já das raríssimas convenções boas criadas pelas sociedades civilizadas, a separação e o divórcio são as melhores delas. Verdadeiras portas de prisões se abrem, para que prisioneiros sejam libertados.
Ainda hoje, é possível ouvir afirmações de que os casamentos antigamente eram mais duradouros. Uma ilusão. Se as mulheres daquela época tivessem as liberdades sociais, sexuais e estabilidade financeira de agora, os índices de separações chegariam próximos dos atuais. E entre ser apontada com o dedo na rua e continuar na prisão...
Relacionamentos amorosos baseados nas virtudes parecem ser uma imposição. Parecem porque no início dos relacionamentos, nosso camaleão sem precisar mudar de cor, é mestre na camuflagem dos nossos defeitos. À mostra ficam unicamente as virtudes.
Muitas vezes, até as virtudes são deixadas de lado. Isto porque beleza não é uma delas. O conceito de Vinicius de Moraes sobre ela ser fundamental, tem atraído legiões de seguidores. Para sorte dos “feios”, nem todos os olhos enxergam como se estivessem lendo um manual e beleza.
Você fica a tarde toda com a irmãzinha na namorada no colo, e o será assunto da família dela. “Nossa! Ele adora criança”! Quem se lembrará que gostar de criança para valer mesmo, é passar noites com uma entre os dois na cama por semanas seguidas. Quem sabe sem dormir, precisando ir trabalhar cedo e levantar da cama sorrindo.
Mário Prata foi colunista da revista Veja faz um bom tempo. Se eu já tinha cabelos brancos na época asseguro que eram poucos. Nunca me esqueci do assunto de uma coluna que ele escreveu.
Prata propunha um teste para casais em início de relacionamento. Pedir para ele ou ela trocar no rolo de papel higiênico do banheiro. Existem duas maneiras. Uma com o papel puxado pela frente, a outra por trás. E Mário Prata aconselhava: Se o rolo for colocado diferente do modo que você coloca, é melhor terminar o namoro. Meu conselho: Não realize este teste logo após usar o banheiro para uma certa necessidade fisiológica.
Se fosse possível iniciar um relacionamento conhecendo antes os defeitos do outro, teríamos duas possibilidades. A primeira, o relacionamento nem começaria. A segunda, em começando seria muito mais duradouro. Na dúvida faça o teste “Mário Prata”. Nenhum camaleão é capaz de se camuflar trocando o rolo de papel higiênico.
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