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A última que morre.
Aníbal Benévolo Bonorino



É noite
Não sei qual a lua.
Cheia não é,
Talvez crescente,
Quem sabe, minguante.
Nova!!!

É noite
Das rosas descoloridas,
Vermelhas, amarelas,
Negras.
Todas iguais
Nos canteiros,
Vasos ou jardins
De sempre
Ou de jamais.

É noite cega
De horizontes
De praias claras
E verdes montes.

É noite escura
De constelação vaga
Que esconde a terra
Que tudo apaga.

Mas eu , como criança
Descubro estranha estrela
E simplesmente ao vê-la
Recobro a esperança.

Rio, 30/04/2017


Este texto é administrado por: ANIBAL BENEVOLO BONORINO
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