Lágrimas em minha janela |
Flora Fernweh |
Como uma gota de tristeza, cai a lágrima
embaçando o vidro com brisa tempestuosa
bela como o orvalho em um botão de rosa
molha a vista da paisagem, uma lástima
O céu chorou diante da cidade e a fez vítima
de um contratempo de amores em prosa
desce aos prantos aquela pérola vagarosa
no vidro que treme por prostração legítima
O abatimento me domina ao olhar para fora
o horizonte das venturas se situa à distância
em lonjuras que esperam o correr das horas
o olhar embebido com água de exuberâncias
talismã das dores, em que a saudade mora
recordou a felicidade na doçura da infância
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Biografia: Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |
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