Simplesmente não sei onde parei a narrativa tentei ler mas achei tudo muito confuso. Assim narrarei fatos aleatórios conforme surgirem em minhas lembranças. Certa vez estava eu em uma aldeia no baixo xingú. Havia um clima muito pesado de uma guerra que se aproximava. Fiquei na minha seuindo com a vida mas percebia as reuniões, entendia parte do que falavam exaltados e nervosos. Havi uma rixa com um fazendeiro que fazia divisa com a aldeia, e essa fazenda ficava dentro de uma terra sagrada para os indios. Cansados de pedir a reitegração das terras, resolveram invadir a fazenda. Concordo, foi um massacre. Os indigenas chegaram na fazenda de madrugada e mataram aluns trabalhadores, inclusive um rapaz. Estavam nervosos corriam pela aldeia gritando e entoando canticos de guerra. E la estava eu com meu filho de 3 ou 4 anos. Fiquei tranquila, talvez com um pouco de medo. Mas eles eram minha familia e eu meio que sabia que não me fariam nada
Foi quando começou a chegar vaios aviões da Funai com servidores para tentar o diálogo. Eu achei um pouco engraçado pois áquela altura a única negociaçã que eles queriam e depois conseguiram era as terras sagradas. Bem a negociação começou tensa e logo um deles me chamou no canto e disse que eu seria presa junto com os outros servidore, mas que nada fariam comigo. Fomos colocados numa casa e retidos ali. Meu filho ficou solto e as mulheres ficaram com ele. Logo chegaram aeronaves com os repórteres. Para mostrar força e intimidar os indios todos armados com bordunas, arcos e flexas partiram para cima dos jornalistas aos gritos nisso meu filho vem na casinha e pela fresta fala comigo: Mamãe vou matr jornalista. ele estava pintado de jenipapo com um arquinho e flexa nas mãos. Não sei se ria ou chorava. E la se foi ele junto com as outras crianças. Foi uma situação muito tensa. Mas depois de horas com a promessa das terras tudo se acalmou. Um dos funcionários da Funai apanhou e isso foi duro de ver. Hoje em dia essas terras da fazenda são deles e ali se formou uma das mais fortes aldeia Caiapó.
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