Se remontarmos ao passado e transformarmos todas nossas murmurações em arquivos físicos, reclamações transcritas em papel comum, não teríamos mais espaço em nosso arquivo pessoal.
Dispomos de duas opções. Inicialmente, mantendo o nosso ritmo de insatisfação e com isso buscarmos mais espaço para o arquivo ou mudar nossa percepção sobre a utilidade da reclamação trivial.
O primeiro curso de ação parece ser mais prático, pois não requer muitas mudanças de comportamento. A segunda alternativa demanda de nós uma nova posição, diante desse contexto. É uma questão de gratidão, o único tesouro dos humildes, como definia Shakespeare. A gratidão e a reclamação, ambas expressas no sentido figurado como grandezas, têm variação inversamente proporcional.
Ao minimizarmos a presença da reclamação, o espaço para a gratidão é maior. Essa afirmativa reforça o que cita John Miller, afirmando que “o quão feliz é uma pessoa depende da profundidade de sua gratidão.” Derivando a função gratidão, teremos o reconhecimento, sendo alegres com o presente e encarando o futuro sem medo, o que é primordial.
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