Esse revólver na minha mente
Que me obriga a andar desconfiado
Com medo de tudo e de todos
Que me ensina a olhar para todos os lados
Sem confiar em ninguém
Sigo rumo ao meu fim
O cano gelado próximo a minha têmpora
As vozes que tentam me dizer como agir
Estou preso sobre a mira do revólver
Refém da minha própria mente
Sonhando a realidade e vivendo um sonho permanentemente
De qualquer forma, queria viver intensamente
E não ter responsabilidade
Queria olhar para o meu reflexo
E não odiá-lo
Resgatar meus sonhos e desejos
Que desceram pelo ralo
Me sinto um nada
Aprisionado
Com a arma engatilhada
Me obrigando a ser um psicopata
Mas não sou assim
Sou sentimental e me importo
Sofro, surto, choro
Amo, adoro, gosto
Tão cedo, tão tarde
Sou eu, inconstante
Vale a pena viver ?? Atira logo
Porque eu tenho coragem de morrer
Quero saber se você também tem coragem de atirar
Ainda estou vivo... Foi o que pensei
Sou dono das minhas próprias ações
É só isso que eu tinha pra te falar
Viverei em paz comigo mesmo
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