Dante Alighieri – escritor, poeta e político italiano – nasceu em Florença em maio de 1265, tendo falecido em setembro de 1321, na cidade de Ravena.
Sua história é cercada de fatos marcantes como, por exemplo, o injusto exílio a que foi submetido, ocasião em que foi abandonado até por seus próprios parentes. Mesmo assim ainda é considerado o maior pensador de sua época e alcunhado de “o sumo poeta”. O dramaturgo e estadista francês Victor Hugo o considerava um gênio.
Sua obra A Divina Comédia (originalmente somente Comédia) é um poema épico e teológico da literatura italiana e dividido em três partes: inferno, purgatório e paraíso. Não há registro da data exata em que foi escrito, mas estima-se que o Inferno pode ter sido composto entre 1304 e 1307-1308, o Purgatório de 1307-1308 a 1313-1314 e o Paraíso de 1313-1314 a 1321, ano em que Dante faleceu.
O poema – talvez o maior do Ocidente – relata uma viagem onde se sucedem diversos acontecimentos, estando sua força na riqueza das alegorias.
Desnecessário alongar-me no detalhamento da obra-prima de Dante, haja vista existir na internet tudo (ou quase tudo) o que se deseja saber sobre A Divina Comédia.
Em maio de 2013 foi lançado o livro “Inferno” do autor norte-americano Dan Brown (Código Da Vinci, Anjos e Demônios). É ambientado na Itália e em um dos centros da história mais duradoura e misteriosa: a obra literária Inferno, de Dante Alighieri. O livro reavivou o interesse sobre a obra-prima de Dante e é uma história envolvente e muito bem construída pelo autor.
Achei por bem incluir esta breve introdução para referir-me a uma das mais famosas frases contidas no poema, considerando a época de crise moral que se instalou neste país, com tantas falcatruas acontecendo em todas as esferas – municipal, estadual e federal – sem que satisfações adequadas sejam dadas à sociedade, principalmente pela nossa “Justiça”, uma serviçal do governo federal. A corrupção atinge até a área da saúde, algo que deveria ser impensável. E nem vou falar da destruição e dos furtos na Petrobrás. O país está podre, de norte a sul, de leste a oeste. E o que mais ouvimos são mentiras deslavadas, principalmente daqueles que deveriam nos representar, pois nós os colocamos lá. Eles, os políticos sujos.
A frase do poema de Dante é esta: “Os lugares mais sombrios do inferno são reservados àqueles que se mantiveram neutros em tempos de crise moral”.
No mínimo, para refletirmos sobre nossas posturas e o que desejamos deixar para as próximas gerações.
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