Semana começa. Sinto o máximo de foco possível. Os dias passam. Segunda, terça, quarta, quinta, sexta , sábado e domingo. Quarta, sinto cansaço. Quinta, sinto frustração. Sexta, sinto medo. Sábado, sinto tudo. E em meio esse complexo de sentimentos, só sinto vontade de desabafar. Botar para fora. Chorar. Ter medo ser temer.
Acham que sou corajosa. Acham que sou imbatível. Acham que posso ser desafiadora. Mas, posso ser frágil. Posso ser medrosa. Posso ser irracional. Posso ser medíocre e banal. Posso ser humana.
Robô. Uma vida automática. Viver automaticamente. Sem ter necessidade de te ver, abraçar e desabafar. Ser independente. Não sentir carinho e afeto. Ser um robô. Sem sentimentos e empatia. Sem ser humana.
Posso ser... tudo. Posse ser o meu pior eu. Posso ser minha pior máscara. Posso ser seu pior exemplo. Posso ser meu pior caráter. Mas, posso ser admirável. Quem sou realmente?
Aqui reside o eterno conflito do ser humano: essência vs aparência. E, na maioria das vezes a essência passa a ser a mais desconhecida e obscura. Assim, passamos a não nos conhecer mais. Temos medo de ter medo, de errar, de sofrer, de ser medroso, de precisar de abraços e carinhos, nos perdemos em nos mesmos. E não sabemos responder à pergunta primordial: “Quem somos realmente?”
“O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.” -Clarice Lispector
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