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Excesso de telas na infância
Dabda Tais Borba

As crianças estão expostas a todo tipo de tela : celular, tablet, computadores e TV. As tecnologias digitais são parte da vida das crianças do século 21 e não há opção, mas o tempo de exposição e a qualidade do material pode ser melhor administrado evitando assim consequências no desenvolvimento.
É recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). que crianças de até 2 anos de idade não tenham contato com nenhum tipo de tela, porem essa pratica não ocorre na realidade. Logo devemos evitar a exposição prolongada até os 8 anos pois pode atrapalhar o desenvolvimento das habilidades sociais e de linguagem da criança. Quando ela fica exposta muito tempo ao uso das telas perde a oportunidade de praticar habilidades importantes: manter contato com objetos físicos e a natureza.
Verificamos na pratica crianças que ficam nos jogos eletrônicos a noite e a luz emitida pelas telas bloqueia a liberação da melatonina – hormônio responsável por avisar ao corpo que está na hora de dormir, logo o sono fica desregulado e isso prejudica e muito o desenvolvimento pois o cérebro não recebe todo o descanso que precisa. A exposição prolongada também afeta o emocional da criança, podendo favorecer a depressão, ansiedade e a agressividade. Crianças muito pequenas podem apresentar atraso cognitivo, distúrbio de aprendizado, aumento de impulsividade e diminuição da habilidade de regulação própria das emoções, e, déficit de atenção.
Quanto mais telas, mais sedentárias outro dos problemas gerados, como a dependência digital, os problemas visuais, os transtornos alimentares, os problemas auditivos, de postura, bem como a possibilidade de cyberbullying e a pedofilia.
Os cuidadores são os responsáveis por essa manutenção do tempo de tela lembrando que as crianças não tem discernimento para decidir o tempo de uso. Ex: não utilizar mais de uma hora seguida, parar 2 horas antes de dormir, durante as refeições é proibido. O adulto deve estimular e participar junto da criança de atividades como:   jogos de tabuleiro, leitura de livros, música, pintura, ter contato com a natureza, atividade física, dança para assim mediar o tempo do uso de eletrônicos. Também cabe ao adulto conversar abertamente com a criança, sobre os perigos do uso excessivo das telas e da internet. E verifique mensagens e tipos de acesso realizado.
Aparelhos eletrônicos com acesso a internet não precisam ser vilões, mas a relação desses dispositivos com as crianças precisa ser acompanhada pois a qualidade do conteúdo acessado pelas crianças é o mais importante nesse debate atual.


Biografia:
pedagoga e psicologa
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