A noite sombria, apagada pelas nuvéns escuras e carregadas, que ao olhar para os céus nos parecem carrancudas. A garoa fria sobre a cidade vazia, sem barulhos, sem vozes, talvez perdidas em meio destes lugares ermos; as vezes o clarão do relâmpago, quebrando a sombra da noite sem lua e o estrondo de um trovão ao longe, nos trazendo a razão e nos avisando que o tempo ainda é hoje e que o dè já vu foi apenas o sentimento na carne de que a temperatura despencou, nos fazendo viajar em meio a neblina que cai, para dentro dos pensamentos, talvez lembranças, de um passado no qual não vivemos, mas com certeza de sonhos ocultos, de formação da consciência para atender a anseios que talvez tenhamos.
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