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MALDITA OVERDOSE
Aderlan Gonçalves Almeida

Resumo:

Oh! Maldita overdose!Lembrar-me-ei
Daquela que para trás deixei
Fazendo uso da morte, sendo narcose.
Foi regida por uma superdose

Não sou mais sujeito iluminista
Nem tão pouco sociológico
Estou nas rédeas da modernidade tardia
Sofro a mutação identitária

Oh, maldita overdose!           


No labirinto, estou.
Sem fio de Ariadne
Sem ajuda de um Dédalo inventor.
Sou as asas de Ícaro derretidas ao sol

Oh, maldita overdose!

Alguém disse que o poeta é fingidor
Com esse discurso, não concordo.
Eis aqui a razão. Qual parturiente
Assim sou eu, dando ao rebento à dor.

Oh, maldita overdose!


Sinto as contrações vilipendiando o meu ser
Há um rompimento impiedoso
E nesse processo sem fim de rupturas
Deixo eclodir o meu grito de angústia
Pandemônio! Pandemônio!

Oh, maldita overdose!

A minha filha é parricida
Deixei a nascer, porém...
Ela não me deixou viver
E agora além de parricida é suicida!

Oh, maldita overdose!
Tu levaste minha filha
Transpassaste-me com dardo ardente
A minha alma em transe


Levaste-me ao rio caudaloso
Ao oceano lagrimal
Definir-me-ei “poeta maior”
Escritor da epopéia lusitana

Qual poeta lusitano, assim sou eu
Náufrago, vitima das tormentas
Que perde sua Dinamene
Mas, não aos seus escritos.

E assim, vou cantando.
Oh, maldita overdose!


Biografia:
Sou Aderlan Gonçalves Almeida, nascido a 17 de maio de 1980, filho de João Teixeira Almeida e RAulinda Gonçalves Almeida. Casado com Rosely Barbosa Basto Almeida e pai de Rebeca Barbosa Almeida. Estou cursadno o 6º semestre do curso de Letras Vernáculas - UNEB - CAmMPUS XVI. Sou Presbítero na Igreja Assembléia de Deus na cidade de Lapão e também professor de Língua Portuguesa no Colégio Antonio Marculino em Aguada Nova
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