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Saturnino
José Ernesto Kappel

Saturnino de presença,
lua por angústia,
sol por desespero.
Soma-se este condado celestial
e desagua-se numa avenida
de desesperanças.

São assim meus dias
Ah! , dias sem volta!

Que poucos retornam
e lá avisam, com desdém,
se nascer ,vai
espairar pelo mundo!

Se já não sou geografia prá tanto,
e pouco aprendiz de coisas
de grande trato,
me faço de esconder
entre quatro paredes,
duas luzes
e uma cama sonolenta,
de palha pura.

Prá isso vim parar aqui.

Prá alertar os incautos
nunca nasçam num berço
sem dono:
você vira bólide perdido
que se esvai pelo vale e
que de encanto não tem nenhum.

E por isso
é bom dizer:
não é hora para remediar,
não é hora de três quartos,
nem de meia vesga.

O agora é hora
do tempo.

Se ele for seu dono,
passivo seja no andar;
se não tiver escravidão
seja dono de você mesmo.

Mas procure dentro das
mestras luminosas
o cordão mágico, e
que jamais faça você nascer,
principalmente se estiver
perto de Saturno,
os de dez anéis,
os de dez agonias!

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