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	 Somos prisioneiros de verdades dissimuladas, de padrões “perfeitos “ de como ser e de como  agir. 
 É confortável para o ego de muitos  viver nesses esconderijos dos contos de fadas que as conjunturas sociais e os  status proporcionam. É tão satisfatório que os enredos  “bonitos” se propagam nas diversas redes sociais. Pessoas enclausuradas mas que sorriem  constantemente em busca de uma curtida ( aprovação de seu status)  Cada um vai criando suas narrativas deslumbrantes e tornando-se  protagonistas  de uma história  desconhecida apara si. Cria cavernas e  escondem-se  em seus interiores  onde a luz da consciência  não reflete sobre qualquer parede.  Como é sua caverna? É confortável? 
 
 E nessas tramas parecemos ser tão livres que quase convencemos a nós mesmos dessa  “pseudo felicidade” e ao outro, a quem  muitas vezes, aprisionamos com nossos sorrisos nefastos. 
 
 Mas é preciso pagar  para viver  aprisionado. Pagamos por  ideias prontas e por  “fast food “ de conhecimentos.  E se tudo está tão bom e confortável nessa caverna, para que sair? Sair implica reflexão, pensar sobre os pensamentos que  compramos nessas vitrines onlines. Não é melhor comprar esses punhados de felicidade  e pagar pelo “ QR code” ? Pode ser a prazo ou a vista . O cliente escolhe. Qual sua caverna? 
 
 Realmente parece ser angustiante sair dessa caverna quentinha e confortável. Sair requer uso da consciência, uso do discernimento,  julgamento constante de nossas ações. Implica em refinamento da consciência.  Demolir os muros dessa  cavidade  é lavar a maquiagem do self, quebrar as correntes  agradáveis e  bonitas que nos escraviza na ilusão do belo. 
 O caminho inicia -se com o mergulho no âmago e o reconhecimento das sombras  internas, pois somente compreendendo o que é sombra é que adquirimos a necessidade de direcionar- se para a luz. 
 
 E vale salientar que  a luz  pode cessar a capacidade  de enxergar. Nessa organização social que montamos  há  quem viva tão mergulhado na cegueira da escuridão que a mínima luz seria insuportável à consciência. Mas profetizam os querubins que é chegada a hora de muitos abandonarem seus velhos hábitos de viver as trevas. Serão arrastados a  viver enredos  verdadeiros ,   construindo uma humanidade  justa  onde a lei  dessa justiça já esteja impressa em cada um que se ariscar  abandonar suas cavernas  ilusórias. 
 
 Há um mundo real e ideal  e não está apenas nas ideias de Platão, mas dentro de nós. Que você escolhe? A caverna é tão real quanto tudo que a cerca. A escolha de viver fora ou dentro é individual. E você? Qual sua escolha?
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