Se sou persistente
é porque acredito,
nessas horas
que teimam em passar.
Que há várias coisas na minha
vida
que me tolhem a vaidade:
uma porta fechada
a casa antiga - a casa dela -,
que um dia foi vinho,
hoje é sonho.
Sonho de matar!
Pois metade de mim
ainda baila por ali
na casa fechada
de uma varanda,
um riacho,
meia-luz,
e dois beijos.
Mas, me pergunto, sem orgulho,
mas pra onde eles foram?
Digo eu discrepante:
Viraram flores
do céu.
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