Obreiro sem artes,
cheio de arremedos,
fugitivo das horas,
relaxo o corpo em partes,
e, no sincero, só acho medos.
Minha vida têm sido assim:
ora é uma hora,
ora é outra,
mas tudo segue igual
que até se calam os sinos!
Duvido de mim,
duvido do que me cerca,
perdi a vontade de chegar
e muito mais de partir.
Espero só minha hora de jasmim,
onde poucos se aventuram,
mas é prá lá que vou,
ver se florescem em seus olhos,
tudo o que perdi de mim.
E se perco por tudo,
faço por você:
se perdi seu mundo,
perdi a sensação dos cedros:
daqueles que caminham
e sequer seu amor permutam !
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