Dois galos brigavam,
Para saber,
Qual deles tomaria conta
Do terreiro.
Foram tantas bicadas
E unhadas,
Até se reconhecer
O verdadeiro vencedor.
Extenuado,
O galo perdedor
Refugiou-se no galinheiro,
Para suas forças recobrar.
Ementes,
O galo vencedor
Subiu na cumeeira
E se pôs a tripudiar.
Batendo as asa e a cantar,
Num instante de êxtase e de glória,
Para todos ficarem cientes
De quão estupenda foi a sua vitória.
Estava tão feliz e animado,
Que nem percebeu a aproximação
Do gavião que vinha em sua direção,
Para capturá-lo.
MORAL DA ESTÓRIA:
Às vezes, os vencedores
Não passam de perdedores
Ainda não cientificados,
Pois não adianta
Ganhar o mundo todo
E perder a própria alma!
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