César termina de ensaboar o corpo quando liga o chuveiro, cai pouca água e logo esta acaba.
- Que merda, o que será que aconteceu dessa vez?
Ele enrola a toalha no corpo e sai, na cozinha Augusto xinga vários palavrões devido ao corte na água.
- Como vou terminar os salgados, me diz?
Soraia entra ali cheia de sacolas, vê a situação e cai no riso devido a César ali cheio de espuma na sala a diluir-se.
- Vai logo So, descobre ai o que aconteceu, meu.
- Nem preciso sair para isso, quando estava vindo, um cano na rua alguns quarteirões acima estourou.
- Mais isso.
- Vou ver o que posso fazer, vai Augusto pegue alguns baldes e me segue, vai.
- Tudo bem, tudo pelo meus salgados, sempre.
- Não me esqueçam aqui, estou uma bolha de sabão ambulante, hein.
- Tá bom, espumoso. Risos.
A mulher atravessa a rua indo para dentro de um bar, ali no balcão, Matilde atende os clientes.
- Oi Matilde.
- Oi linda, o que houve?
- A água acabou você acredita?
- Pode ir lá nos fundos, o Ivan esta lá perto do poço, vai.
- Muito obrigado Matilde.
- Nada querida.
Soraia segue com Augusto para os fundos do bar, ali na área só de sunga, Ivan lava suas roupas e as estende no varal.
- Ivan.
- Oi.
O rapaz corre para dentro da casa e logo volta de bermuda.
- Me desculpe é que tá muito calor e............
- Te entendo super te entendo, olhe o cano da rua estourou e estamos sem água em casa voc~e podia nos fornecer um pouco?
- É para agora mesmo.
Ivan enche os baldes e Augusto segue para sua casa, Soraia fica a olhar para o fisico do rapaz ali na sua frente, este fica um tanto envergonhado.
- Nossa Ivan, não sabia que você escondia isso tudo por baixo da roupa.
- O que é isso So, vou ficar me achando desse jeito hein.
- Pois fique, por que você é monumental.
- Isso é bom, é?
- Vamos ver agora. A mulher agarra o homem e os dois caem ali no chão da área, Augusto retorna e encontra os dois ali no clima, ele pega os ultimos baldes e sai sem ser percebido por eles.
- Você precisava de ver os dois ali chão, daquele jeito, nossa que pouca vergonha.
- Pelo menos temos água. César pega o balde a segue para o banho, quando vai entrar no banheiro, Augusto toma o balde deste.
- O que é isso?
- Ficou louco, só temos 4 baldes.
- Dá e sobra.
- A tá fique sabendo que eu não vou voltar lá para pegar mais água.
- Nem eu, tá louco a dona Matilde não é lá minha fã.
- Todos sabemos só não sabemos ainda o motivo disso.
- E agora preciso me lavar.
- Tudo bem. Augusto leva o balde para a cozinha e na pia enche duas garras de dois litros e entrega para César.
- Só isso.
- É isso ou nada.
- Tá certo.
- Vai logo.
- Tô indo.
- Não estou afim de ver macho nú aqui.
- Olha, o material é dos bons.
- Pois guarde pra suas conquistas nos bailões da vida que você frequenta.
César segue para o banho rindo muito.
Soraia termina de colocar sua roupa, enquanto Ivan segue nú para a sala, logo volta de toalha.
- Nossa mais você gosta de me provocar hein.
- Eu?
- Claro, seu gostoso.
Soraia tapa os olhos e segue para o bar sob os olhos e risos de Ivan.
- Pelo jeito não foi só água que você levou de casa, hein.
- Ai dona Matilde, acha, eu fiquei conversando com o Ivan e me perdi das horas.
- Sei, eu vi a conversa.
- O quê?
- Eu vi.
- Ai, por favor.
- Menina, por que vocês não assumem logo que um é louco ao outro e vão morar junto de uma vez hein?
- Não, isso não, também não é pra tanto né dona Matilde.
- Tá, me engana que eu não gosto nadinha tá.
- Olhe dona Matilde não vou negar sou bem doidinha por seu sobrinho mais é só isso, uma doce loucurinha, só isso, nada mais sério tá.
- Por favor, não faça ele sofrer, eu o crio desde os doze anos, tenho ele como meu filho já que a vida não me permitiu casar e ter os meus.
- Por que não se casou dona Matilde?
- Problema meu, só meu, ja pode ir, te dei o recado, pronto.
- Pronto a dona Matilde voltou, obrigado pela água.
- Vai logo senão aqueles teus parentes vão pôr é fogo na casa.
- Credo dona Matilde. Risos.
César ja limpo das espumas, Augusto termina os salgados e Soraia faz sua higiene, eles jantam uma salada de alface e palmito, frango grelhado.
- Nossa estava ótimo, o melhor da noite Augusto.
- Que bom por que era o que tinha pra hoje.
- Também você faz esses salgados tão cheios de recheio.
- Deve ser por isso que sempre estou com tantas encomendas.
- Sei, mais que você poderia diminuir o recheio e deixar mais carne pra gente aqui.
- Nunca César, e outra trate de dar sua parte nos gastos deste mês viu.
- Tá bom. Soraia joga o guardanapo neles em riso.
Augusto termina de entregar as últimas 3 dúzias de coxinhas e rissoles numa festa, ali na calçada ele segue alegre com as vendas.
Seu celular toca e ele atende, ali do outro lado, Gerson lhe provoca.
- Onde esta o grande homem determinado a vencer sempre?
- Trabalhando.
- Preciso te ver.
- Agora?
- Sim.
- Estou na rua.
- Eu sei, tô te seguindo.
O rapaz olha para trás e logo Gerson buzina e pisca.
- Seu louco.
- Entra ai.
Augusto entra no carro que segue para outro bairro, num motel eles entram.
A suíte não é das melhores mais também não tão simples, ali eles se entregam aos beijos.
- Não consigo mais ficar sem você.
- Nem eu, mais temos nossos trabalhos.
- Pare com isso Augusto, eu deveria estar mais temeroso e não.
- Gerson, você já é quase dono daquele lugar.
- Só que ainda não sou.
- Já pensou o que os outros vão dizer?
- Sobre o quê, sobre eu e você sermos um casal que se ama muito.
- Não é bem assim.
- Olhe, não vou brigar contigo, hoje não.
- Te amo.
- Tá vendo, eu sei que me ama.
- É sério, vamos continuar deste jeito?
- Por enquanto, sim.
07032020.........
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