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RIO DAS ALMAS 1 IND 14 ANOS
DE PAULO FOG
ricardo fogzy

Resumo:
EXCELENTE


        Em uma zona rural em Alagoas.
     Severina sente as dores do parto, a parteira faz com que a mulher não perca o sentido e desmaie.
     - Não aguento, não estou aguentando, meu pai, eu vou morrer.
     - Pare com isso, ja te disse, quando eu coloco as mãos, sirvo aos santos e ao Nosso Bom Senhor.
     - Dou glória.
     - Pois dê mesmo, por que aqui ninguém vai morrer.
     Minutos depois ouve-se o grito seguido de choro do nascido.
     - É lindo.
     - Não mãe, é menina.
     - Menina?
     - Sim.
     Severina, olha para o rebento ali e sente uma forte dor no peito.
     - O que houve Severina?
     - Estou sentindo algo ruim, mulher de Deus acho que não vou ver minha filha crescer.
     Ela sente várias pontadas em dor e logo após morre, a criança ali na cama a gritar de fome.
     A parteira corre pela estrada com a criança em mãos á procura de ajuda, logo avista a carroça puxada a bois, nesta, Carlos com seus 4 filhos.
     - Já nasceu dona, é essa criança?
     - Sim.
     - É o quê dona?
     - Uma menina.
     - Uma filha?
     - Sim.   O pai desce da carroça e segura a filha que ao ve-lo cessa o choro, logo se intera do ocorrido a sua esposa Severina e todos retornam para a casa, Carlos deixa a carroça no terreiro e sobe na moto velha de seu tio seguindo para a cidade.
     Dois dias depois é feito o enterro de Severina, a demora devido ao fato dos policiais e legistas não entrarem num acordo quanto ao causo da certidão da óbito da falecida.
     Um ano depois, todos se mudam dali, Carlos segue com os filhos para São Paulo, ali ele fixa moradia após alguns anos no bairro do Bexiga, com profissão de carpinteiro, não lhe falta trabalho em obras grandes, sai de um e logo entra em outro.
     Os filhos vão crescendo, os mais velhos fazem curso técnico e Leandra, a caçula, agora com 16 anos termina o ensino médio, faz o curso de engenharia e anos depois esta a arrumar emprego numa barragem divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo.
     - Então vai me deixar filha?
     - Pai, é como o senhor sempre diz, vou voar, tenho que garantir o meu futuro.
     - E este futuro não pode ser por aqui por perto, perto de seu pai?
     - Pai eu te amo. Os olhos de Carlos se enchem de água.
     - Vai minha filha, minha querida, minha anjinha, vai, sabe este mundo ai é nosso minha filha é nosso.
     Leandra abraça o pai e também em lágrimas beija a face deste.

                                                        21012020...........



Biografia:
ler e escrever é minha vida assim
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