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  Texto selecionado
Castelos de Portas
José Ernesto Kappel

É uma sentença,
talvez mortalha branda,
talvez um copo em desuso,
de vinho-largo.
Mas chega perigosamente
perto da despedida.

O que se pode fazer,
se lateja o bruto e não
mais o lapidado?

O que se pode fazer se
o rumo têm dois caminhos,
nenhum trilha,
e o indicativo só mostra
ervas daninhas?

O que se pode fazer se
as nossas figuras se apagam,
como o passar da folhinha,
de cor angustiante,
para quem não está
acostumado com
os dias?

E se a vida roda assim
roda assim comigo,
vacila com você,
pois entre dois pares,
um se perdeu
em qualquer caminho.

Não diga que não,
não diga que sim,
vacile na hora imprópria
negue três vezes
para achar seu meio-sol.

E se não existe verdade
não existe mais dor
aos pares,
nem angústias
díspares.

Agora te encontro
no soslaio do vazio:
você prá lá,
eu prá cá.

O que perdemos
perdermos sozinhos,
ganhamos pouco,
porque frutificamos no sonho
dos enviezados.

E se a história conta assim
dois reis, duas rainhas,
um castelo vazio
e um povo com fome
do amor que passou,
da ânsia que dá voltas,
remeia e quer novamente
se achar.

E se há duas voltas
há uma ida;
e neste barco sem rumo,
certamente lá espero no
seu porto !

Número de vezes que este texto foi lido: 53147


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Amor de Feituras José Ernesto Kappel
Poesias O Vento e a Água José Ernesto Kappel
Poesias Do Outro Lado José Ernesto Kappel
Poesias Montanha José Ernesto Kappel

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Publicações de número 461 até 464 de um total de 464.


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