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ME CHAME TERROR 5
DE PAULO FOG E IONE AZ
ricardo fogzy

Resumo:
IND 11 ANOS LIVRE


                        Seis anos depois - Antônio retorna a cidade com sua família, agora como delegado.
      - Nem acredito que ficamos estes anos fora daqui.
      - Pelo menos eu conheci outras pessoas e aprendi muito.
      - E os garotos?
      - Você vê, um professor outro dr, assim que se formarem.
      - É, ainda falta alguns anos.
      - Tenho fé marido, eles vão conseguir, são muito inteligentes.
      - Sim eles são, puxaram a mãe.
      - Olha só, o delegado da cidade fazendo modéstia. Risos.
      Jocyane abre a porta, olha para a casa ali que fora passada por uma grande reforma, muros mais altos, cerca elétrica, câmeras de segurança.
      - Quem diria que mudaríamos tanto.
      - Lógico amor, graças a Deus e a mim que fiz você se calar diante ao ocorrido naquela época e assim aceitar o que fora dito entre os superiores e o pessoal do estado.
      - Sei, sabe amor, sempre lembro daquilo, não fiz o que era certo, mais também quem iria acreditar em fantasmas e assassinato destes?
      - Mais agora olhe para tudo isso. Ela o leva para um passeio pela casa, nos quartos que foram ampliados, na cozinha toda remodelada com móveis planejados, no quarto de casal que se tornara suíte, no jardim dos fundos com direito a um mini chafariz.
      - Amor, ficou lindo.
      - Te falei, é só confiar em mim.
      - E na minha grana né?
      - O que foi Antônio, você saiu um mero cabo e retorna agora o delegado, o titular.
      - Sim, o titular.
      - Também, dificil aquele outro delegado pedir a aposentadoria hein.
      - Pois é, mais ele acabou por pedir, só estranhei que foi logo depois daquela viagem que ele fez a capital, lembra-se?
      - Sei lá marido, você me diz tantas coisas.
      - É.
      - Bem enfim, ele se foi, vai viver a boa vida com seus frutos agora.
      - Acho que sim.
      A mulher mexe na bolsa e desta tira um celular, começa a mandar mensagens para as amigas.
      - Acho que vou para a delegacia agora.
      - Vai paixão, eu vou esperar os móveis.
      - Para que horas você marcou a empregada?
      - Daqui a pouco, mais calma ainda não esta nada certo.
      - Tudo bem amor.
      - Tá, tchau. Antônio sai deixando Jocyane ali a papear em áudios com as amigas.
      Não demora, chega ali na casa, uma mulher jovem de seus 21, branca, em calça e blusa brancas.
      - Oi D. Jocyane.
      - Você é a nova funcionária?
      - Sou, a minha vizinha te conhece e falou de mim.
      - Claro, entre, olhe vou te passar o que gosto e não.
      - Tá, tudo bem.
      - Por enquanto tá fácil, mais logo chega os móveis.
      - Por mim, tudo bem.
      - Seu nome é...........
      - Isabel, me chamo Isabel.
      - Qual é a sua idade?
      - Vinte um.
      - É, bem nova.
      - Pode ficar tranquila, sou pau para toda obra.
      - Sei.
      A mulher fica a olhar para Isabel.
      - Olhe, você não acha ruim ter que usar uniforme?
      - Jamais, concordo sempre.
      - Pronto, já gostei, para inicio você me ajuda a limpar este chão, foi lavado mais ainda acho que pode melhorar.
      - Sim senhora.
      - Tá.
      Isabel sai e logo retorna com balde, panos, rodo e vassoura.
      - Posso?
      - Lógico.
      Ela inicia a limpeza enquanto Jocyane observa de canto, depois de quase uma hora pára o caminhão e descem os móveis, todos novos.
      - A senhora não tinha mudança?
      - Eu vendi, quase tudo, doei um pouco também, prefiro coisas novas.
      - É, bem melhor.
      - Sim, sabe, tive uma vida muito dificil daí decidi, quando me casasse seria com um homem desbravador, que tivesse ambição, assim o fiz e hoje cá estou com um marido delegado.
      - Sei.
      - Mais vai, vamos ali no bar da esquina, te pago um lanche e refri?
      - Tá.
      No bar as duas conversam e trocam estórias.
      - Acho que os rapazes já deram um bom adianto.
      - Com certeza.
      - Então vamos voltar?
      - Sim.
      Jocyane paga a despesa e sai junto de Isabel para a casa, no cruzamento da rua, uma garota passa bem ao lado dela de bike.
      - Cuidado menina.
      Ao olhar na menina, a mulher é tomada por um gelo pelo seu corpo, a garota segue rua abaixo na bike.
      - O que foi senhora?
      - Vamos logo.
      - Tá tudo bem com a senhora?
      - Sim, vamos.
      Antônio saúda o antigo delegado que lhe entrega a sala, os policiais ali batem palmas e prestam as honras militares de praxe.
      - Muito obrigado. Após essa recepção se segue um lanche com refri ali na copa, pela janela o delegado vê a garota passar e parar a bike no gramado de frente.
      - Só um minuto. Ele sai dali e vai até o local, ali abaixada a mexer na corrente da bike.
      - Quer ajuda garota?
      - Não precisa.
      A menina se levanta e olha para ele que fica estático ali.
      - Por que voltou?
      - Você, foi você naquela noite...........
      - Vai embora.
      Alguém o chama e ele olha quando retorna para a garota, não a vê mais nem a bike.
      - Doutor, dr.....
      - Sim.
      - Aconteceu algo?
      - Não, acho que não.






     - O que você acha?
     - Sinceramente, não sei o que achar, nem sei ao menos se foi isso o que realmente eu vi.
     - Antônio, acho melhor voltarmos.
     - Não, eu não posso pedir transferência, não agora, não.
     - Como não, você é o delegado oras.
     - Por isso mesmo, eu não posso.
     - Quer dizer que vamos ter que ficar?
     - Sim, pelo menos por uns 6 meses.
     - Tudo isso?
     - Sim.
     - Se até lá ainda estivermos vivos, ela vai nos matar, me escute por favor, vamos embora desse lugar.
     - Pare com isso, aquela garotinha foi fruto de nossas lembranças, o terror de termos de voltar, olhar para isso tudo, foi só isso, só isso.
     - Lembranças, que lembranças, Antônio, lembranças a gente tem de coisas boas, não de uma morta assassina.
     - O que você quer Jocyane?
     - Só quero a gente bem longe daqui, quero minha família, nossa família livre e salva desse demônio.
     - Isso é loucura.
     - Por favor Antônio.
     - Já te disse, 6 meses e depois a gente resolve isso.
     - Tudo bem, não vou discutir contigo.
     - Vem aqui vem, vamos ficar numa boa, sabe que te amo, muito mesmo.
     - Claro, ficaremos, depois de passarmos por aquela placa lá no trevo de bem vindos.
     Jocyane se levanta do sofá deixando Antônio ali a olhar o gelo no seu copo de Wisky.
     Isabel termina de lavar a louça, desliga o rádio e segue para a sala onde Jaime joga videogame só de cuecas.
     - Amor, por favor coloque uma roupa.
     - Ué eu estou sem roupa?
     - Não é isso, olhe, eu finalmente arrumei um emprego bom, vou ganhar bem, vai, a dona Jocyane pediu o meu endereço vai que ela e o marido resolvem fazer uma visita?
     - Você é bem fora da casinha hein, onde que uma patroa vem até a casa da empregada fazer uma visitinha, ficou louca é?
     - Nossa você não entende nada.
     - Agora vai, traz mais uma cerva aqui pra gente, vai amor.
     - Você só pensa nisso.
     - Nem sempre, um sexo bem gostoso com a minha mulher também, quer agora?
     - Seu safado.
     - Vai, não disfarça eu sei que você gosta, você é louquinha pelo pai aqui. Risos.
     Ela vai até o refrigerador, tira do freezer a cerveja, pega dois copos e abre em um abridor preso a pia, segue para a sala.
     - Oxi, por que os copos amor, ja tem aqui?
     - Tá vendo, você não presta atenção mesmo, eu ja lavei os outros.
     - Sei. Ela serve para eles a cerveja quando vai sentar ouve um bater a porta.
     - Tá vendo, vai logo se veste vai.    Jaime joga a toalha na cintura e continua o jogo, Isabel vai até a porta.
     - Robison.
     - Oi Isabel, o Jaime esta ai?
     - Vai entrando parça.   Grita Jaime no sofá, o amigo passa por Isabel e logo arruma um lugar ao lado do amigo.
     - E ai?
     - Beleza. Jaime pede mais um copo e outra cerveja para o amigo, ela vai até a cozinha e logo traz, pega seu copo e bebe indo para o quarto.
     Duas horas depois, Jaime acorda Isabel com caricias e beijos.
     - Vai lá beijar seu amigo Robison.
     - Tá louca, aquele negão feio para carai, prefiro minha flor, minha cheirosa aqui.
     - Sabe, eu bem que podia te colocar no sofá esta noite, afinal você gosta de ficar mais lá do que ao lado da sua mulher.
     - A não paixão eu te amo.
     - Bobo, eu também te amo.   Logo em beijos e amassos eles ficam bem.
     Jocyane coloca os óculos de Antônio no criado, fecha a casa e vai na cozinha, serve um copo de água e leva a garrafinha para o quarto, desliga a luz deixando só a luminária de canto acesa.
     Antônio dorme ali, ela deita ao lado e fica a pensar em tudo, com a mão ao peito pede em silêncio, paz e alegria a sua casa e família.
     Do lado de fora, a menina observa a casa, anda de um lado a outro arrasto um galho de árvore no chão.
     Amanhece e Jocyane é a primeira a sair da cama, não dormira bem, faz sua higiene e segue para a cozinha onde prepara o café e abre a porta da lavanderia, dali olha para o quintal só um pedacinho que ficara sem cimentar pois plantará ali algumas mudas de roseiras, vê algo estranho, escrito no chão e sai para fora, ali esta escrito na terra.
      M O R T E   A    V O C Ê S
     A mulher grita em desespero, Isabel chega neste com a sacola de pães que trouxera do mercadinho, ali de joelhos no chão, sua patroa grita sem parar em choros, Antônio surge em pijamas.
     - O que foi amor?
     - Ali, olhe, olhe.   O homem se aproxima e ao ler olha para elas, a empregada também lera e todos ali atônitos.
     - Precisamos ir, temos de ir embora daqui, deste lugar, eu não quero mais ficar só um minuto aqui.
     Isabel olha para eles e sem entender tenta ajudar Jocyane que grita para ela.
     - Sai daqui, sai, sai. A empregada deixa cair a sacola ao chão e sai correndo para o portão, Antônio vai atrás dela.
     Momentos depois, já tudo meio que resolvido e Jocyane medicada com um calmante que seu esposo lhe dera, tentam voltar ao normal.

                                                         20122019..........

    











                               3





            Isabel termina de estender a roupa enquanto Jocyane faz o almoço, toca o celular, ela vai atender.
    - Oi.
    - Amor.
    - Antônio que bom que ligou.
    - O que houve, ela apareceu?
    - Não.
    - O que foi então?
    - Os meninos vão vir.
    - Quando?
    - Neste final de semana.
    - Chegam?
    - Na sexta á tarde, acho.
    - Vou providenciar que busquem.
    - Não é isso, amor aquela coisa esta por ai.
    - Não podemos deixar que aquilo nos comande.
    - Tem razão.
    - O que esta fazendo?
    - Estou terminando o almoço.
    - Então para quê contratou a empregada?
    - Amor, fique tranquilo, sabe que eu amo cozinhar, me acalma.
    - Tá, tá bom, que seja, mais não deixe a moça de boa por ai.
    - Tá louco é, se esqueceu, ainda sou a patroa.
    - Sei. Risos.
    Antônio desliga quando o escrivão entra em sua sala lhe chamando.
    - Tudo, já vou.
    Jocyane termina ali o almoço, Isabel entra ali.
    - Que tal irmos á compras?
    - Senhora.
    - Vamos Isabel, quero algumas cores alegres nesta casa.
    - Sim senhora.
    As duas saem, Jocyane entra el algumas lojas, como aquela cidade modificara em alguns anos, quando saira dali somente tinham o grande armazém para fazerem suas compras e sem muitas opções.
    - Nossa amei este lugar.
    - É só que esta loja esta entre as mais caras daqui.
    - Nem tanto, acredite, estive em outras muitos mais caras e luxuosas.
    - Deus me livre.
    Antônio termina de ouvir alguns rapazes que foram pegos pinchando o muro do cemitério, a criminalidade ali não chegara não com os ímpetos de outras localidades.
    - Bem pessoal, acho que já podemos ri ao almoço.
    - Sim doutor.
    Uma senhora de seus 60 anos fecha a delegacia e fica lá dentro fazendo limpeza e esquenta sua comida que trouxera na cozinha dali.
    O delegado aciona o carro que destrava o alarme, faz uma ligação para a mulher porém ela não atende, ele segue para a casa.
    Estaciona o veiculo embaixo de uma árvore e entra na casa, ali Isabel a tirar pó de alguns objetos na ante sala, Jocyane o recebe com beijos e carinhos.
    - Comprei algumas coisas para os meninos.
    - Sabia, tinha que ser.
    - Ai, desse jeito vou começar a achar que meu marido me acha gastona.
    - E não é. Risos.
    Isabel sai dali indo para a lavanderia, logo retorna.
    - Dona Jocyane posso ir então, tenho aquele compromisso?
    - Tudo bem, obrigado.
    - Nada dona Jocyane, eu é que tenho e muito a lhe agradecer.
    A moça se despede deixando Antônio a olhar para a esposa.
    - O que foi?
    - Novamente sendo boazinha.
    - Pare com isso, ela tem reunião de escola do sobrinho.
    - Sobrinho?
    - É, ela é casada mais ainda não teve filhos, parece que o marido dela não quer.
    - Só sobrinhos.
    - Tá bom, entendi, da próxima vou ser mais enérgica, é isso que quer não?
    - Espero que sim. Risos.
    O almoço segue com o casal ali a falar sobre amenidades, alguns risos enquanto no quintal a menina surge e num lance poda algumas flores do jardim, os varais são sacudidos e as roupas jogadas na calçada.
    Jocyane ouve um barulho e sai para fora, ao ver a destruição das flores e as roupas ao chão, corre para o esposo que a abraça.
    - O que ela quer?
    - Que a gente vá embora.
    - Por quê?
    - Não interessa, só temos que ir.
    - Não, não vamos amor agora é questão de honra pra gente.
    - O que quer dizer com isso?
    - Vamos enfrenta-la.
    - Esta louco, como vamos enfrentar uma morta?
    - Não podemos e nem vamos ficar reféns de uma louca morta.
    - Pare, ja te disse temos de ir embora, sair desse lugar o quanto antes.
    - Não, eu ja disse, não.
    - Vamos terminar de comer?
    - Sim.
    Eles entram para dentro e Antônio ainda aproveita para dar mais uma olhada no feito ali, assim que entram, no canto sai a garota que num gesto nada otimista joga um punhal enferrujado na terra do jardim.
    - Malditos.
    Isabel deixa o sobrinho na sala e segue para a cozinha.
    - Tá com fome meu querido?
    - Um pouco.
    - Como sempre né queridinho.
    - Sabe que eu gosto muito da sua comida tia.
    - Assim você me mata de orgulho queridinho. Risos.
    O menino se joga no sofá e liga a tv, Isabel prepara um mexidão com as sobras da janta, faz um suco de limão e traz na sala para o menino.
    - Olha que delicia a tia preparou para.........
    Ela pára com a bandeija ali, no sofá ao lado do menino, uma garota alisa os cabelos dele.
    - Quem é você?
    - Qual é o seu nome?
    - Isabel, agora me diz, o que você esta fazendo aqui, você é amiguinha da escola dele?
    - Não, acho que não, pilantra.
    - Como você entrou aqui, eu deixei trancado o portão ou não?
    - Você é mulher que trabalha para aqueles dois, não é?
    - O que você quer, por favor saia daqui?
    - Não posso ficar nem um pouquinho com o meu novo amiguinho, hein?
    A menina toca no garoto que cai no sofá em sono profundo.
    - O que você fez, vou chamar a policia agora?
    A garota surge em sua frente e lhe toca na barriga, Isabel deixa cair a bandeija e logo vai ao chão em extrema dor no local tocado, em gritos pede por socorro.
    - Ai o bebê.
    - Que bebê, eu não estou grávida, não espero bebê algum.
    - Será?
    Isabel sente a dor se intensificando, urina e sangue são expelidos de seu interior e ela rola ali em dor.
    - Faz parar isso por favor, eu vou morrer.
    Robison entra ali naquele instante e vê a mulher ali caída aos gritos e a socorre.
   
                                      22122019............




        Jaime segura firme a mão de Isabel, dentro da ambulância o casal segue para o hospital, o homem fora avisado pelo amigo Robison que chamara o socorro.
    - E então doutor?
    - Ela esta melhor, deve ficar de repouso por uns dois dias.
    - Graças a Deus doutor.
    - É uma pena mais o bebê..........
    - Bebê doutor, que bebê?
    - A sim, ela não sabia também, portanto nem o senhor, vocês iriam ser papais, mais ainda podem ser, só que deem um tempo, o acidente foi meio traumático a ela.
    - Grávida, ela estava grávida?
    - Sim, é uma pena, com licença.
    - Sim doutor.
    Isabel acorda do efeito dos medicamentos, olha ao redor, esta em um quarto de hospital.
    - Meu Deus o que houve?
    Jaime entra no quarto e vai até ela.
    - Esta melhor?
    - Acho que sim, o que houve?
    - Você não se lembra, estava caída aos gritos dizendo que não queria morrer....
    - Onde esta ela?
    - Ela quem?
    - Tinha uma menina....
    - Menina?
    - Sim, uma menina branca de vestido preto e.....
    - Quando você ia me contar que estava grávida?
    - Eu, grávida, não amor, eu sempre tomei as devidas, me protegia ao máximo e você sempre soube disso.
    - O que sei, você estava grávida e ainda escondendo isso de mim.
    - Já te disse que não, eu jamais faria isso, amor.
    - Então eu e o doutor estamos loucos?
    - Eu quero ve-lo.
    - Pare com isso, pare de teatrinho, sempre soube, eu não quero filhos, não quero e pronto.
    - Eu sei, sempre o soube, no inicio até achei que fosse só uma ondinha sua, mais depois vi que era real, e sempre respeitei isso em você, eu até queria e depois com o tempo aceitei e hoje quem não quer sou eu.
    - Você sai daqui 2 dias.
    - Mais amanhã, eu tenho serviço, fale com eles.
    - Já foi ligado,,sua patroa ja sabe e disse que tome o tempo que for necessário.
    - Sério?
    - Sim.
    - Você vai ficar aqui comigo?
    - Não, eu estou indo.
    - Jaime por favor...
    - Vou cuidar de algumas coisas, você ficará bem.
    - Não, eu preciso de você aqui.
    - Pensasse nisso antes de fazer o que fez, olhe melhor que ja te diga, nosso casamento acaba por aqui.
    - Não, por favor Jaime, você esta com a cabeça quente, me escute eu te amo.
    - Por favor Isabel, somos adultos e você nem ao menos considerou meus sentimentos e minhas decisões, na primeira oportunidade me dá uma punhalada dessas.
    - Nunca, você sabe muito bem disso, eu nunca faria mau a gente tampouco a ti, sempre o respeitei.
    O homem sai dali fechando a porta, Isabel cai em um choro, olha na mesinha ao lado, algumas frutas, troca de roupas e seu celular.
    - E agora Deus e agora?
    Jaime sai do hospital e pega o ônibus para sua vila, desce no ponto e segue até sua casa, arruma suas roupas em uma bolsa grande de viagem e sai, em um bar perto de casa de Robison pára.
    - O quê, você vai deixa-la, agora, ficou louco amigo, ela precisa e muito de ti?
    - Não consigo, é sério, ela mentiu para mim.
    - Vai ver ela não sabia mesmo.
    - Esta decidido, vai ser melhor assim.
    - Falou com ela antes?
    - Quando ela sair eu a procurarei.
    - Sabe, isso não é nada certo.
    - Eu sei.
    - Mais decidiu assim?
    - Sim.
    - Bem, se é assim.........
    - Obrigado por te-la socorrido, te devo essa irmãozão.
    - Nada, sabe que faria sempre isso por vocês e por muitos outros.
    - Sei, você realmente tem um coração que não cabe em si.
    Jaime abraça o amigo e se despede ali dele.
    - Brigadão.
    - Falou.
    Jaime segue para a pensão da dona Teresa, no caminho seu celular toca é do seu serviço, ele fala por alguns minutos e depois desliga seguindo seu caminho, ao virar uma esquina.
    - Oi.
    - Menina eu te conheço?
    - Não, mais deveria.
    - O quê? Jaime sente uma forte dor, tem uma faca enterrada na barriga, a menina surge atrás dele e lhe corta sua garganta.
    - Por que, por que...........
    O homem cai na calçada, tenta se levantar mais logo perde o esforço, Jaime ali morto, sua bolsa é aberta e roupas, pertences seus são jogados ao vento ao redor dele.
    A menina passa por cima dele lhe cospindo.
    - Agora, acho que vou fazer uma visitinha no hospital.

                             24122019.................


             Isabel recebe soro e algumas medicações, foram feitos diversos exames e raio x, não fraturara os ossos.
    - Graças a Deus amiga.
    - Ai gente, mais estou toda dolorida.
    - O doutor falou que você sofreu uma queda.
    - Não foi uma queda Leandra.
    - Como assim amiga?
    Isabel conta amiga como ocorrera tudo aquilo nos minimos detalhes, sua irmã Fátima entra no quarto.
    - Acabei de algo que vai te deixar bem melhor.
    - O quê?
    - Você vai receber alta ainda hoje.
    - Nossa, que bom, o Jaime havia dito que o doutor falou que eu tinha de ficar mais uns dois dias e que.........
    - Conversamos e ele decidiu que será melhor para sua recuperação.
    - Que bom mana, assim poderei falar com o Jaime ainda hoje, em casa.
    - Sei, mais olhe eu é que vou cuidar de ti hein.
    - Não precisa Fátima, você tem suas coisas e o menino.
    - Parou, ja te disse que vou e pronto.
    - Tá. A amiga também oferece apoio.
    - Gente, não sei o que faria sem vocês, sério mesmo.
    - Família sua louca, somos família e pronto. As duas se aproximam de isabel a mexer no cabelo da amiga ali na cama.
    - Obrigado, muito obrigado.
    Fátima olha com carinho para a irmã.
    - Vocês sabem do Jaime?
    - Nada, parece que ele se enterrou vivo.
    - Tomara que ele esteja repensando em tudo que me disse, ele sabe muito bem que eu jamais faria algo que ele não aprovasse.
    - Pois é.
    - O que foi mana?
    - Você realmente ama aquele homem né?
    - Sim, ele pode ser um tanto broco mais para mim é o melhor companheiro que a vida poderia ter me dado.
    - Então fica tranquila, com certeza ele ja deve ter tomado todas, depois de uns comprimidos pós ressaca e com a cabeça leve, ele vai te procurar se brincar, até ficar de joelhos no perdão.
    - Não precisa tudo isso, só que ele volte e gente seja feliz.
    - Vão ser, pode crer mana, vão ser.   Nisso um barulho chama a atenção no corredor.
    - O que será que esta havendo?
    - Vai ver, Leandra.
    - Eu não, vai que morreu alguém.
    - Pare, deve ser algum acidente que acabara de acontecer e trouxeram algum ferido.
    Fátima sai para saber deixando Leandra ali que logo pede licença indo também devido a demora da amiga, Isabel sorri daquilo e tenta cochilar, sente estar sendo observada.
    - Você?
    - Oi amiguinha.
    - Como você entrou aqui, o que quer?
    - Fique tranquila, vou curar tua dor.
    - Sai daqui. Isabel tenta gritar ali ao ver a sua frente a garota demoníaca, estea vai se aproximando da cama que começa a balançar, Isabel grita mais, porém não a voz, ela ficara muda de um instante, a menina coloca um dedo em sua testa.
    - Morra.
    Isabel grita de dor, levita da cama, gira em alta velocidade sendo lançada a parede, cai ali desmaiada e ensanguentada, acorda, tenta rastejar mais sente seu corpo ser queimado por dentro, abre a boca e desta sai labaredas, ali ela grita com suas últimas forças, um som de um ser diante a morte, Leandra e Fátima ouvem e correm de volta ao quarto, ali encontram Isabel ja morta com grande parte de seu corpo em queimaduras.
    Leandra ao ver aquilo grita em dor, Fátima entra em pânico, médicos e enfermeiros ali ao verem a paciente até então pronta a receber alta, agora ali jaz quase que irreconhecível, ficam em choque.
    Na sala do necrotério, Isabel é posta ao lado de Jaime, os legistas irão fazer a autópsia deles.
    - Como isso foi acontecer, meu Deus do céu.
    Jocyane fica apavorada ao ouvir por telefone o que ocorrera a sua funcionária e ao marido desta, ela desliga o aparelho e olha para Antônio ali a ler jornal.
    - Você não vai acreditar.
    - O que foi?
    - A Isabel.
    - Sua funcionária?
    - Morta, queimada viva, pelo que acabei de ouvir, ninguém sabe como tudo ocorreu, o que sabem que foi que a irmã e a amiga sairam por um breve instante e quando retornaram, lá estava ela morta e queimada.
    - Como?
    - Pior foi o marido dela, deram entrada com o corpo dele, ele foi morto.
    - Mais que droga esta acontecendo nesta cidade?
    Logo toca o celular dele, como delegado ele sai para averiguar os ocorridos, hora mais tarde chegam seus filhos, Jocyane perdera todo ânimo e os rapazes se interam das ultimas.
    - Mãe, se for tudo isso mesmo devido aquele acidente, temos de irmos daqui, todos nós.
    - Eu já falei com o pai de vocês, não podemos, ele acabara de assumir o cargo, tem-se de ficar ao menos uns 6 meses até que possamos pedir a transferência.
                 
                                  26122019.............


Biografia:
ler e escrever é minha vida assim
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