Cadê o respeito das mulheres
Que sofrem a todo instante
Perseguidas, tão aflitas
E o choro é constante
Respeito ao belo negro
Que nunca parou de lutar
Criticado por ser preto
E resistem em lhe aceitar
Respeito às culturas
E as suas religiões
Diz que o Estado é democrático
Mas tão cheio de divisões
Discursos de ódio
Cheios de heresias
Pessoas rancorosas
São tantas hipocrisias
O amor parece não existir mais
Assim como a honestidade
O cordeiro virou lobo
E esbanja civilidade
Há tantas pessoas
Querendo um pouco de atenção
Onde lágrimas são derramadas,
Surgem sintomas de depressão
Quem se importa?
Quem se interessa?
Está doendo tanto em mim
E é com esse pensamento
Que a vida de muitos chegam ao fim
A corrupção se alastrou
Abalou todas as estruturas
Infestou no executivo, legislativo
Também nas magistraturas
A seca chegou
A mãe se desespera
Que situação vulnerável
Sabe que a fome dói, que não espera
A crise apertou
No país do futebol
O oportunismo reinando
Nem o peixe escapa do anzol
Sobre a criminalidade
Essa sim precisa de extinção
E não se acabará com porte de armas
Mas sim, com educação
Educação de qualidade
Torna um jovem promissor
Que não precisa sair roubando
Pois o futuro está ao seu favor
Tantos preconceitos velados
Você precisa aceitar
Não é obrigado ser igual
Mas necessitarespeitar
O mundo dá muitas voltas
Já prestou atenção?
Lembra do pobre da senzala?
Virou nobre, agora é barão
Graças ao seu empenho
Sem desigualdade e inclusão
Estufa o peito e diz:
Eu venci com determinação
Diante de tantos desafios
Gritos de socorro, não se ouviu
Será que um dia ainda
Teremos orgulho do Brasil?
A gente se pergunta:
O que vamos fazer?
Nossas esperanças estão se findando
Há quem vamos recorrer?
Nosso povo é gente forte
Brava e destemida
Alguns ainda dormem
Espero não acordar, quando já estiver destruída.
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