Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
PARCEIRA DO TEMPO
Tânia Du Bois



“O que a memória a ama, fica eterno. Te amo
      como memória, imperecível.”                                          
           (Adélia Prado)

     Homenagear a dona de casa é dizer da heroína trabalhadora e parceira do tempo. Não quero apenas jogar confetes, mas, dizer que trabalhar como dona de casa é fazer parte integrante dos usos, costumes, hábitos, emoções e da vida das pessoas que convive, porque compartilha respostas, situações e problemas do cotidiano de todos. Segundo Nei Duclós, “Uma dona de casa... / Levanta histórias do passado / e descobre a natureza do pó / que invade a sala...”
     Ser dona de casa é dominar um pouco de tudo, como o bom humor, a inteligência, a precisão, a competência, a compreensão, o carinho e o amor. Participar do dia a dia enfrentando as impertinências e, mesmo assim, detalhadamente, dar conta do recado; com o olhar acreditar, deduzir, presumir e adivinhar a graça da descoberta, da cumplicidade na busca da origem para desempenhar seu trabalho com estilo. Ainda em Duclós, “Uma dona de casa está atenta / com os faróis acesos / na escuridão da estrada...”
     Acredito que a dona de casa captura a nossa alma e impressiona observar como ela se torna indispensável e importante em nossas vidas; mergulha na história familiar e é cúmplice do tempo, porque o vive como se ele fosse feito de questões envolventes em cada motivo, trazendo para perto as pessoas. Reaviva a consideração que faz sempre renovado o relacionamento.
     Não são poucas as histórias sobre as donas de casa; a palavra é reconhecer e agradecer pela sua parceria no tempo e no coração; é quem relaciona a organização doméstica com a necessidade pessoal de aquecer a alma e proteger o lar. Vera Costa Vianna expressa, “Seus sonhos e a esperança, a fortuna, a beleza, / tudo fosse ilusão e não restasse nada, / E eu só tivesse a Ti, / ... Eu seria feliz!”

     


Biografia:
Pedagoga. Articulista e cronista. Textos publicados em sites e blogs.Participante e colaboradora do Projeto Passo Fundo. Autora dos livros: Amantes nas Entrelinhas, O Exercício das Vozes, Autópsia do Invisível, Comércio de Ilusões, O Eco dos Objetos - cabides da memória , Arte em Movimento, Vidas Desamarradas, Entrelaços,Eles em Diferentes Dias e A Linguagem da Diferença.
Número de vezes que este texto foi lido: 52906


Outros títulos do mesmo autor

Artigos O BELO É SENTIR O HOJE Tânia Du Bois
Artigos Mestre BEZ BATTI: TRADUZINDO A ASPEREZA DA PEDRA Tânia Du Bois
Artigos O SIGNIFICANTE EM CARMEM PRESOTTO Tânia Du Bois
Crônicas “O QUE VALE É A AMIZADE” Tânia Du Bois
Artigos O TEMPO NÃO APAGOU Tânia Du Bois
Artigos A CIDADE DE JOÃO NINGUÉM Tânia Du Bois
Artigos O QUE FAZ VOCÊ FELIZ? Tânia Du Bois
Artigos COMO O AVULSO DAS LUZES DO SOL Tânia Du Bois
Artigos ERA UMA VEZ... O UNIVERSO DA IMAGINAÇÃO Tânia Du Bois
Artigos PORTAS ABERTAS Tânia Du Bois

Páginas: Primeira Anterior

Publicações de número 331 até 340 de um total de 340.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
🔵 Está todo mundo preso - Rafael da Silva Claro 15 Visitas
🔴 Arquivos X - Rafael da Silva Claro 8 Visitas
Vem aí o novo Ubuntu 24.04 LTS - Vander Roberto 6 Visitas

Páginas: Primeira Anterior