Em cada papel de bala, que vejo levantando pequenos vôos guiados pelo meio fio, vejo pequenos rostos infantis lutando por um naco de atenção. Infantes pequenos, mas só no tamanho, pois já têem um profundo conhecimento de como pode ser dura a vida aqui a margem da grande metrópole.
Sabem que os poucos quilometros que os separam de um centro super, hiper urbano tão cheio de suas riquezas, na verdade não os aproximam de nada.
vivem numa imaginária redoma, que ao ser tocada por estes dedos inábeis pela tenra idade, mas ávidos de novos toques, explodem, desvendando os mais corriqueiros prazeres de uma sociedade desigual.
Pequenos sorrisos, que devem ser colhidos assim pequenos, pois quanto mais novos esses sorrisos mais verdadeiros o são.
Dedos inábeis têm a pureza do toque, toque apressado por saber o sabor de um toque.
Rostos de todas as cores, pequenos e coloridos, nos mostrando o vibrante colorido de todas as raças, de quão disforme e uniforme e formada a nossa raça...a raça dos Pequenos Brasileiros Coloridos.
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