Por infinito amor
Assustado, meio ridículo a voar,
O mais —
É enxergar amor
Com doçura
E mesmo na dor, ceder,
A partir de já,
Intrigado — a tropeçar no ar.
Já não há seus pés sem estorvo,
Nem energia bem
Orquestrada,
Como um cavalo manco
Erguendo os pés,
Assim o faz,
Saltando em volta,
Completamente em nós,
A garupa,
Busca alguma percepção
De mim
Para mim
E tudo na mesma perspectiva,
Então se opõe a mim com clareza:
Dividirei, senão emboscadas,
Mesmo ainda que eu não concorde mais
Insistir direto do chão, um — ai! —
A partir de já,
Um lugar no pântano,
Uma antecipação a mais
Sem saber da volta (ou se volta...),
Parece a morte, e é.
Só a partir de já intrigado
Com que destrata assim
As palavras
Certas, vadias em sua voz também,
Por um dia assim como está,
Oculto o que não convém
À vontade
Ser insensível,
Maliciosa luz
Afinal, ou sorte ou torpor ou medo
Ou,
Por vezes, cor negra
Meio fúnebre bem desproporcional,
O seu coração,
Estranha estratégia
Que exigirá por bem
Procurar
Saber de quem nunca respeitará senão
A discórdia
— Lenta e cruel, —
Imediatamente após um olhar suave
(A quem possa considerar feliz):
Mais soubesse desse fenômeno
Plenamente meu e de cada coisa
Voltasse
A ter posse,
Então, do amor descontente,
Pois necessário para fazer
Pior superfície nesta metade
De um bom olhar,
Olhar sem temor
Além do ridículo pensamento seu,
Alguém como eu,
Escondido na escuridão,
Capaz de sair da sombra perversa
Por um momento enfim dos seus passos,
Para provar obscuramente,
Afinal,
Que o caminho é este
E a amo
E por isso nada mal
Cada passo seu por um dia
Neste sentido bom
Que queria a vida
E a toxina do amor
E a do ócio.
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