"É muito difícil para nós, borboletas, fazermos xixi na região do Himalaia. Os ventos solares influenciam na pressão atmosférica, sobretudo no alto do monte Everest. Lá, a densidade das nossas asas é tão grande que chegam a um ângulo de cinco graus pra mais ou pra menos, contando a partir do norte verdadeiro. O problema maior é quando o lagarto da língua postiça resolve chegar mais perto. Ele é lambedor de primeira, chega a arrancar nossas antenas quando não está com conjuntivite."
Depoimento de uma borboleta sobrevivente da última tempestade de caramujos caramelizados cansados de serem lambidos pelos galhos das macieiras que só davam pêssegos quando acariciadas pelos humanos.
|