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Tragédia em Marilia
Antonio Magnani



Manuel, funcionário da prefeitura, com 53 anos de idade, conheceu por acaso Maria Erotildes, na Avenida Sampaio Vidal, garota de programa, com sífilis, anemia profunda, magra como um cipó e ainda faltava-lhes os dentes da frente.
Manuel tirou Maria Erotildes da rua, e foi morar num casarão na Rua da Saudade, pagou ginecologista, dentista, salão de beleza e ainda fazia todos os gostos da menina carente.
O tempo passou-se e Maria Erotildes, transformou-se numa gazela bonita e logo   apaixonou-se pelo carteiro.
Manuel não queria fazer rebu. Podia dar um safanão, um tiro certeiro, uma punhalada no coração. Mas tinha a paciência de Jó, simplesmente não fez nada disso: mudou de casa mais uma vez. Viveram sete anos assim.
Toda vez que Maria Erotildes se engraçava com um novo namorado, Manuel mudava de casa e de bairro.
Os amantes foram carteiros, padeiros, bombeiros, pedreiros, encanadores, vendedores, borracheiros e até um velho sorveteiro.
Por fim na Praça da Bandeira, onde Manuel, cego dos sentidos e de inteligência, matou-a com sete facadas, e quando a polícia chegou no local, ela foi encontrada caída em decúbito dorsal e vestia um lindo vestido vermelho da Chanel.


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