As manhãs correm pelas nuvens ao som dos pássaros,
Minha presa avança rumo ao perfeito.
Os campos de Jasmim armam minhas mãos,
As roseiras camuflam-na de púrpura
E cortando as densas frestas
Encontro a pureza.
Minha Senhora a espera do nada,
Lá jazia a esperança à deriva.
Figurei seus olhos distintos,
Seu sorriso intrigante,
Senti teu beijo paralisante.
A distancia deveria tender me a derrota
Mas nada arrancaria de mim tamanha vitória.
Ao sentir tua leveza como que carregada pelo Arcanjo
O próprio semblante declinou-se por receio.
Haveria tolice na minha mente em teu abraço?
O calor das tuas mãos na minha?
A Apolo sem nos tosca alcançaríamos,
A Ícaro tais assas jamais derreteriam.
O Jardim Suspenso habitaria.
A própria vida sem esmorecer lhe ofertaria.
No esplendor da minha vida arbitraria.
Vislumbres fazem-me crescer.
Assim o amor faz-me crer.
Apaixonado mirar-te-ia
Sem qualquer fôlego de vida estaria.
Seu rosto tão divino
No fundo ainda sinto
Como se minha Senhora
Um Deusa Excelsa
Simples e complexa
Como uma boneca de porcelana, quimérico.
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