Espera,
já vou ao teu encontro,
sol da minha vida.
Espera que vou correndo
igual garça desavisada
das pedras do caminho.
Espera que vou voando
igual águia em desembalada
busca de alimento.
És meu sustento.
Fruta doce que desejo colher
na árvore da cerejeira
junto ao jardim da felicidade
e saborear aos poucos,
bem devagar,
sorvendo cada instante
do néctar do teu corpo,
nosso amor bem louco
que ainda não morreu,
nem envelheceu,
por viver em solidão.
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