No lento deslizar das horas do dia
você se debruça no parapeito da vida,
e contempla o palpitar
de seu próprio coração.
Você descobre
o que nunca tinha
sido descoberto.
Que você é uma única pessoa,
e se isso é insuficiente,
então você se perdeu
no caos de dois nomes.
E nunca vai se encontrar,
inútil será sua busca eterna.
Mas se você descobre
que é insubstituível
para você mesma,
então há um horizonte
de possibilidades
à frente de, e, para você.
E assim, não há como deixar
outro espírito em teu lugar.
Você caminha dentro de você
a passos largos,
e toda tua vida foi aprender
o que pode ser aprendido.
Mas compreender?
Isso é para os dotados
de sensibilidade para tal,
não para você.
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