Um homem desaba sobre a terra
E em suas mãos não há uma bandeira sequer,
Não há um grito sequer;
O desespero escorre pela garganta de outros,
Borbulha,
Flameja,
Ecoa
E chora...
Cada morte se subdivide
Numa coletividade que mal suporta a vida.
Terra, que mais queres de teus filhos?
Se o alimento mais puro se derrama sobre ti,
Em holocausto àquele que agora adormece...
Um homem desaba sobre a terra:
A morte, sem remorsos, chega pelas costas
E sorri seu riso macabro.
- Todos sabem de onde ela vem!
Todos sabem o que quer
E a quem representa...
Terra, que mais queres de teus filhos?
Se teu ventre infértil não abriga a semente,
Se tuas distâncias só alimentam a fome,
Se toda morte é apenas um poema silencioso,
Silenciado...
Um homem desaba sobre a terra
E em suas mãos não há uma bandeira sequer;
Terra, que mais queres de teus filhos?
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