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A IMPORTÂNCIA DO PITAGORISMO NOS DIAS ATUAIS
PITAGORISMO
Ismael Monteiro

Resumo:
É um resumo dos versos de ouro de Pitágoras.

A IMPORTÂNCIA DO PITAGORISMO NOS DIAS ATUAIS

O assunto é relevante e tem como objetivo mostrar como o Pitagorismo pode ajudar o homem moderno na sua jornada.
Para alcançar este objetivo, utilizei-me de três instrumentos:
•     primeiro deles foi a obra “Vida Perfeita” do Dr. Paul Carton, que faz um comentário dos versos de ouro dos Pitagóricos;
•     o segundo instrumento foi a obra “Novas Tendências da Análise do Discurso” de D. Mainguenau, que me permitiu interpretar a obra do Dr. Carton;
•     o terceiro instrumento, foi a observação das necessidades do homem moderno, por meio das quais vou tentar inserir os versos de ouro de Pitágoras.

Como sempre foi, o homem não se satisfaz com o meio em que vive. Filósofo por índole, ele procura a explicação do porquê, do como e do para que de todos que o cercam e o estimulam. Nesta busca, o homem contesta o mundo existente, de onde veio e para onde vai. Para isso, existem várias opções: religiões, misticismo, filosofias, psicologias, o mundo científico e uma série de outras alternativas, às vezes duvidosas.
Em razão destes aspectos, questionamos: Será que todos estes sistemas fizeram com que o homem evoluísse ou conhecesse a verdade? O homem foi mais feliz com tudo isso? Qual a utilidade de todos estes estudos para o homem moderno?
Na tentativa de responder a tudo isso, abri aqui um espaço que julguei necessário, para mostrar como a filosofia pode contribuir para isso. Segundo Nelson de Sampaio Mitke: “A filosofia é o principio gerador do conhecimento. É a fonte perene de onde emanam todas as doutrinas e sistemas que procuram alcançar a verdade suprema, a causa primeira de todas as coisas”.
Quando se fala em filosofia, é importante citar Pitágoras, o criador das palavras Cosmos e Filosofia e uma das maiores inteligências que vieram ao mundo. Certamente, os Versos de Ouro são uma espécie de catecismo, ou um conjunto de prescrições fundamentais ensinadas nas escolas pitagóricas e, por isso, são considerados uma herança filosófica do grande mestre de Samos.
PREPARAÇÃO
Na primeira parte dos versos de ouro, ou na Preparação, consta claramente o culto a Deus. Radicalmente, o Dr. Carton associa o culto a Deus a ter uma religião, e a partir daí ele tece várias considerações, tentando comprovar sua tese. Um olhar sobre isso, nos revela que nada disso consta na purificação ou seja “Aos deuses imortais o culto consagrado rende e tua fé conserva”. Mas, o homem atual tem fé em Deus? Ora, a contar pelas tragédias, falta de amor ao próximo, violência ou falta de solidariedade, parece que o homem se esqueceu de Deus. A purificação dos Versos de Ouro, nos despoja da parafernália das religiões. Ela simplesmente nos convida livremente a consagrar Deus com fé. Assim, embasado pela fé, o homem teria que praticá-la para chegar à purificação.
PURIFICAÇÃO
Quando os versos de ouro falam da purificação, o Dr. Carton estabeleceu diversas subdivisões, iniciando com o culto da família. Sabe-se atualmente, que a família vem sofrendo profundas transformações: a falta de união, de diálogo, do amor e da solidariedade correm o seio da família. Os versos de ouro deixam claro que a fundação de um lar e a procriação dos filhos são fatores primordiais do progresso humano. Mas não é só isso, o Dr. Carton alega que tudo isso não seria possível se não houvessem elevados pensamentos e os mais nobres exemplos de pais e filhos. Neste constructo, é fácil perceber que é a partir da família que o homem pode construir seus valores e relacionar-se condignamente com os outros.
Na parte que fala sobre o culto da amizade, é importante que se diga que o homem atual não tem tempo para isso, pois precisa lutar para conquistar seus bens materiais, esquecendo-se do que diz Pitágoras: “O amigo é um outro eu. É necessário honrá-lo como um Deus”. Ainda em relação ao mesmo assunto, o Dr. Carton enfatiza o papel do amor junto aos nossos semelhantes, traçando um paralelo entre o amor pitagórico e o espírito cristão de caridade. Como esta análise se refere aos versos de ouro, acredito que qualquer comparação poderá nos trazer certos vícios não importantes para este trabalho. Desse modo, a orientação pitagórica prega a união, a harmonia, e o amor, tão necessários na atualidade. Aqui valem as palavras de Kalil Gibran, quando foi interrogado sobre o amor: “O amor é construir uma casa com afeição. É semear com ternura e recolher a colheita com alegria. É por em todas as coisas que fazeis, um sopro de vossa alma”.
Com relação à premissa “ser senhor de si mesmo”, o Dr. Carton fala que devemos reprimir as paixões, e através disso, dominar os nervos, acalmar a emotividade, conservar o sangue frio, etc. etc. Ora, se olharmos o que diz os versos: “Está em tuas mãos combater e vencer tuas loucas paixões”, a opção de reprimir parece mais radical e autoritária e cheira a imposição. Isso abre espaço para muitas interpretações: se o homem pode usar a disciplina, ele também pode usar a observação consciente, sem entrar em choque com as suas paixões, mas conhecer os fatores intrínsecos delas, para daí tomar uma decisão que melhor lhe aprouver.
Para o homem moderno que sofre uma crise de falta de valores, os versos seguem aconselhando à justiça, a seriedade, ao respeito, dentre outros. Também aqui, o Dr. Carton, alia os versos à religião, fazendo comparações. É necessário refletirmos conscientemente sobre o lugar de cada um desses valores em nossa vida, pois acredito que o dever do pitagórico é seguir este rigor.
Procurar a saúde do corpo, sem dúvida é um passo muito importante. É bom que se diga que o homem moderno, nem sempre cuida da saúde, não estabelece um método saudável ao corpo e se expõe a excessos. Condição essencial ao pitagórico é cuidar bem de sua saúde, pois disso depende todo o constructo harmônico entre corpo e espírito, o que poderá conduzir à perfeição.
PERFEIÇÃO
O primeiro passo para a perfeição, conforme os versos, é fazer um exame de si mesmo. Esta é uma tarefa bastante difícil para o homem moderno, pois está sempre atado à idéia de auto-aperfeiçoamento técnico buscando garantir o seu futuro. Muito apropriadamente, o Dr. Carton relata que é preciso fazer algo de quando em quando, a fim de olhar para o caminho percorrido, retificar a sua direção e inspecionar o terreno.
A meditação sobre os versos de Pitágoras é providencial. Cientificamente já é comprovando que quando o homem medita, ele organiza seus pensamentos, que tornam-se mais claros e termina a confusão. Não estaria aí, uma das formas do homem moderno de acabar com os conflitos ou com as confusões?
Nos versos encontramos à invocação à Tétrade Sagrada. O Dr. Carton nos mostra que a Tétrade era composta de quatro faces (três laterais e uma na base) que é o símbolo pitagórico por excelência e representa a constituição de tudo o que existe. É a realização completa do indivíduo. No homem, o um representa o espírito, o dois é a força vital que anima o organismo, o três representa a matéria e o quatro é a unidade de consciência individual e sintetiza os esforços individuais.Infelizmente este conhecimento sagrado pouco chegou aos nossos dias.
Os versos nos aconselham a invocar com fervor aos deuses que nos auxiliarão nas obras começadas. Certamente, os versos abrem aqui um espaço para o indivíduo falar com Deus, o que é muito positivo. No entanto, a oração na atualidade virou “peça de marketing”, em torno da qual várias religiões a exploram no sentido de tornar seus adeptos verdadeiros títeres. Imbuído de ideais cristãos o Dr. Carton acaba seguindo o caminho de algumas religiões que consiste em rebaixar o ser humano de sua condição, tornando-o humilde e dependente, o que não encontramos nos versos.
Nos versos falam: “E saberás que o mal que aos homens cilicia, de seu querer é fruto; e esses infelizes procuram longe os bens cuja fonte em si trazem.” Mais do que nunca o homem moderno quer ser livre, decidir a própria vida. Isso significa que ele deve saber o que é bom ou ruím, pois ele possui os bens para isso. Esse pensamento é diferente do que nos diz o Dr. Carton, pois ele fala: “o homem é livre, mas sua liberdade é canalizada pelo destino”. O ingrediente destino sugere que seríamos “joguetes das paixões, oscilando nas vagas”. Nestas condições, certamente acabaríamos não escolhendo o que queremos para nós, mas tornando-nos escravos de um destino, predeterminado sabe lá por quem.
As três últimas frases que encerram os versos falam: “Sobre teu corpo reine e brilhe a inteligência, para que te ascendendo ao Eiter fulgurante, mesmo entre os imorais consigas ser um Deus”, sintetizam tudo o que foi dito até agora. Ora, acredita-se que o homem ao ser lançado no mundo, tem a absoluta liberdade de buscar condições que possam trazer novas perspectivas à própria. Pode-se dizer que quando reina e brilha a inteligência, ela certamente nos guiará para enfrentarmos a vida a cada momento, como também, enfrentarmos a realidade que todo incidente, todo pensamento e toda experiência revelam. Outrossim, o livro do Dr. Carton é muito esclarecedor, mas em certas partes mistura religião e filosofia parecendo mais uma salada entre ambas, acompanhada naturalmente por todos os vícios que isso advém.
Desse modo, os versos de ouro tem muito a contribuir para o homem moderno, pois lhe dá a liberdade de ação, tendo sempre a inteligência como soberana. Uma prova cabal disso, são as próprias lições do Instituto, que nos abrem uma visão muito grande sobre os principais aspectos do viver humano, e criam várias oportunidades para o estudante, longe de ideologias ou preconceitos, condição essencial para que o estudante possa ser um Deus entre os imortais.


Referências:
Paul Carton - Vida Perfeita
D. Mainguenau - Novas tendências da análise do Discurso
Fabre D'Olivet - Versos de Ouro de Pitágoras


Biografia:
Sou pesquisador científico há vários anos e possuo conhecimento sobre diversas áreas.
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