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Arranca-me
Keila Nunes dos Santos


Arranca-me os olhos, ó Deus!
Tapa-me os ouvidos e a boca!
Eu não mais quero ver além da pele.
Na carne vermelha, fria e ácida
Vejo os vermes corroerem até os vasos sanguíneos.
Os vermes nascidos da putrefação do orgulho,
Do cinismo e do sarcasmo,
Dessa podridão que se esconde nos porões da alma humana.
Livrai-me, ó Deus, desses sentimentos impuros e mesquinhos
Dessa imundície que atrai para si as moscas.

Arranca-me, ó Deus, esses olhos que a tudo vê sem camuflagem
Esses olhos que agora choram porque traduz em lágrimas a revolta sufocada.
Arranca-me! Arranca-me!
Tapa-me os ouvidos que capta não os sons, mas os sentimentos mesquinhos da alma humana.
Cala-me a boca, ó Deus, para que eu não fale o que os outros ainda não querem ouvir...

Leva de mim, Ó Deus, essa vontade louca de dizer as minhas verdades ao mundo...


Este texto é administrado por: Keila Nunes
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