NENHUN DE NÓS!
É nova estação
e você não vê
aferida emoção.
Nem eu
nem você,
nenhum de nós.
Através do colosso
sôfrega ilusão,
quimera dos anos
nenhum de nós.
Exceto deles
mortos vivos,
filhos dos filhos,
bisar das eras.
Amiúde sedução
obsta primavera
e vivemos assim,
os mesmos d'outrora
sonhos sem fim.
Eterno horizonte
ofusca o vislumbre,
jamais veremos
no brilho a verdade.
Alvaro Sertano,97.
http:myspace.com/alvarosertano
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