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  Texto selecionado
Adeus, Maria
José Ernesto Kappel

Agora virei anil,
cor do futuro.
Minha ordem interior se foi,
esmagada pelas coisas
que tentei criar.

Maria, de malas, fez,
um embrulho torto,
sem despedida,
sem cor,
cheio de angústia
para deixar o tempo.
Se foi.

Foi prá bem longe
desta história.

Maria se foi e levou também
um maço de arco e flecha
para um dia,se puder,
me ferir nos ombros,costas
e coração.

Maria se foi, e com razão:
dela, fiz pouco,
desprezei os sozinhos delas,
deixei amuada e florecente
de esperas.

Não fui o que
tentei ser.
Fui palha e
devorado pelo fogo
dos homens.

Deixei Maria por outra
Maria.
Face a face, não acreditei.
Mas que fazer,se uma luz
brilha mais do que a outra?

Se a Maria de uma vez,
é mais estrela do que
outra?

Adeus, Maria,
e de tudo você sabia!
Ora, palhas!Amor cativo
já morreu por falta
de lírios!

Número de vezes que este texto foi lido: 52945


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